Amazônia: persistem danos ambientais do navio que afundou com 4,9 mil bois
Caso completa 10 anos, navio segue submerso e ribeirinhos pedem reparação

Mariane Veiga
Publicado em: 19/05/2025 às 21:52 | Atualizado em: 19/05/2025 às 22:03
O navio Haidar, que naufragou em 2015 com 4,9 mil bois vivos da empresa Minerva Foods, continua submerso no rio Pará, no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), quase dez anos após o acidente.
O casco ainda é visível na superfície, e os impactos ambientais e sociais do episódio permanecem sem solução definitiva.
O naufrágio causou a morte de quase todos os animais e provocou vazamento de óleo, afetando praias, rios e comunidades locais.
Cerca de 5 mil pescadores de nove ilhas da região, que dependem da pesca para subsistência, relatam prejuízos duradouros.
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Em 2018, um acordo judicial resultou no pagamento de R$ 10,65 milhões em indenizações por parte da Minerva, da Companhia Docas do Pará (CDP) e operadores do navio.
No entanto, uma nova ação na Justiça inglesa, movida em 2020, pede reparação de cerca de R$ 810 milhões para 18 mil pessoas, incluindo pescadores, moradores e crianças afetadas.
A ação responsabiliza a Salic, empresa saudita com participação na Minerva, por sua relação com a carga e a operação.
A Minerva, em nota, alega que a responsabilidade pela embarcação é da empresa de transporte contratada e da CDP, e afirma já ter pago sua parte na indenização.
Além dos impactos ambientais, o naufrágio prejudicou o turismo local, tradicional nas praias de água doce da região.
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Foto: divulgação/Escritório de advocacia Pogust Goodhead