Amazonas: cheia dos rios deixa 20 municípios em situação de emergência
Mais de 209 mil pessoas são afetadas por enchentes e colapso no escoamento rural.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 17/05/2025 às 18:29 | Atualizado em: 17/05/2025 às 18:32
Mais dois municípios do Amazonas entraram em situação de emergência nos últimos dois dias devido à cheia dos rios. Atualmente, são 20 cidades afetadas diretamente, segundo boletim da Defesa Civil divulgado neste sábado (17).
Além disso, a enchente já compromete a rotina de mais de 209 mil pessoas, provocando perdas de produção rural, casas invadidas por água e dificuldades severas de mobilidade.
De acordo com o Comitê de Enfrentamento a Eventos Climáticos, todas as nove calhas hidrográficas do estado devem continuar subindo pelo menos até junho.
Entre os municípios mais recentes a declararem emergência estão São Paulo de Olivença e Jutaí, que avançaram de alerta para emergência.
Municípios em emergência e níveis dos rios
- • Humaitá – Rio Madeira – 22,22 m
- • Apuí – Rio Madeira – não divulgado
- • Manicoré – Rio Madeira – 27,46 m
- • Boca do Acre – Rio Purus – 8,73 m
- • Guajará – Rio Juruá – 7,98 m
- • Ipixuna – Rio Juruá – 10,38 m
- • Novo Aripuanã – Rio Madeira – não divulgado
- • Benjamin Constant – Rio Solimões – não divulgado
- • Borba – Rio Madeira – 21,32 m
- • Tonantins – Rio Amazonas – 16,08 m
- • Itamarati – Rio Juruá – 19,33 m
- • Eirunepé – Rio Juruá – 14,01 m
- • Atalaia do Norte – Rio Solimões – 12,49 m
- • Careiro – Rio Solimões – 19,32 m
- • Santo Antônio do Içá – Rio Solimões – 13,72 m
- • Amaturá – Rio Solimões – não divulgado
- • Juruá – Rio Solimões – 23,40 m
- • Japurá – Rio Amazonas – 13,15 m
- • São Paulo de Olivença – Rio Solimões – 14,28 m
- • Jutaí – Rio Jutaí – 25,32 m
Vale destacar que, além desses, 37 municípios estão em alerta, três em estado de atenção e dois em normalidade.
Chuvas fora do padrão
Segundo o meteorologista entrevistado pelo G1, Leonardo Vergasta, o aumento anormal no nível dos rios tem duas causas principais: por um lado, o Inverno Amazônico, que traz chuvas acima da média até o fim de maio, e, por outro, o La Niña, que terminou em abril, mas deixou consequências.
Leia na íntegra em g1.
Leia mais
Cheia no Amazonas já afeta mais de 23 mil famílias
Foto: divulgação/arquivo