Forças Armadas intensificam operação na região do Vale do Javari

As Forças Armadas intensificaram, a partir desta quinta-feira (15), as ações da Operação Ágata Amazônia 2025 – Comando Conjunto APOENA na região dos rios Javari e Içá, no interior do Amazonas, nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari.

Tropas da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira atuam em conjunto na região amazônica para fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira, no combate a crimes transfronteiriços e ambientais, além de prestar apoio humanitário aos povos indígenas e ribeirinhos.

O Comandante da Força Conjunta Componente da Operação, Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Dirlei Donizette Côdo, destaca que as Operações Ágata são realizadas sob coordenação do Ministério da Defesa, desde 2011, e têm como foco a manutenção da soberania nacional, incremento da presença do Estado e da proteção dos brasileiros.

“São centenas de militares da Marinha, Exército e Força Aérea envolvidos na operação, com a contribuição de agentes dos órgãos de Segurança Pública e instituições governamentais. É uma oportunidade que temos para ressaltar a integração entre as Forças e demais agências, e potencializar a ação de cada agência participante”, disse.

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O Navio-Patrulha Fluvial “Roraima” é empregado na região para ações de Patrulha Naval e Inspeção Naval, garantido o controle fluvial da área e reforçando a repressão às atividades ilícitas.

Já o Navio de Assistência de Hospitalar “Carlos Chagas” leva atendimentos médicos e odontológicos às comunidades indígenas e ribeirinhas isoladas, incluindo serviços básicos de saúde, entrega de medicamentos, exames de imagem e laboratoriais.

As tropas do Exército Brasileiro estão no bloqueio dos rios e inspeções fluviais.

Durante Visita Operacional na área de operações, o Almirante Dirlei se reuniu com representantes das Forças e das agências participantes.

Operação Ágata

O Comando Conjunto APOENA, coordenada pelo Ministério da Defesa, conta com a participação de agentes de da Polícia Federal (PF), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP), Polícia Civil (PC-AM) e Polícia Militar do Estado do Amazonas (PM-AM).

A mobilização se consolidou como uma ação estratégica do Ministério da Defesa, autorizada por meio da portaria GM-MD n.º 535, de 29 de janeiro de 2025, para fortalecer a presença do estado na Amazônia e colaborar no combate aos crimes transfronteiriços e ambientais, além de levar cidadania às populações indígenas e ribeirinhas com as ACISO e ASSHOP.

Dessa maneira, a operação Ágata Amazônia demonstra o compromisso inabalável das Forças Armadas com a proteção da Amazônia e do meio ambiente.

Curiosidade

O nome “Apoena”, que dá título ao Comando Conjunto da operação, vem do Tupi-Guarani e significa “aquele que vê mais longe” ou “aquele que enxerga além do horizonte”, simboliza a visão estratégica da atuação na Amazônia e o compromisso com a preservação para as gerações futuras.

Foto: divulgação