Plano do golpe de Bolsonaro previa também assassinato de José Dirceu
Plano previa uma operação militar clandestina contra quatro alvos

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 12/05/2025 às 14:59 | Atualizado em: 12/05/2025 às 14:59
O plano de golpe do então presidente Jair Bolsonaro, plano Punhal Verde e Amarelo, tinha entre os alvos o ex-ministro José Dirceu (PT), que para a trama golpista era chamada de Juca.
Dessa forma, o plano elaborado pelo general Mário Fernandes pretendia matar o petista e outras autoridades, em 2022.
Conforme a Folha de S.Paulo, o nome do petista como foco da operação militar clandestina foi confirmado por duas pessoas com acesso às investigações.
Segundo um oficial da reserva do Exército próximo a Mário também afirmou à Folha que o ex-ministro era visto pelo grupo de militares do Palácio do Planalto, no fim do governo Bolsonaro (PL), como um possível líder da futura gestão Lula.
Com isso, o plano do general previa uma operação militar clandestina contra quatro alvos. O primeiro era o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Os demais eram identificados como Jeca, Joca e Juca.
Assim, o codinome Jeca era atribuído ao então presidente eleito Lula, enquanto Joca seria o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). O nome Juca não chegou a ser formalmente identificado pelos investigadores.
Então, ao longo das apurações, a Polícia Federal cogitava que Dirceu poderia ser o alvo secreto do plano Punhal Verde Amarelo, pela influência exercida pelo petista nas gestões anteriores de Lula no Palácio do Planalto.
Ainda segundo a Folha, os investigadores ainda levantaram outros nomes como possíveis referências ao codinome Juca. Por exemplo, como Flávio Dino e Rui Costa, hoje ministros respectivamente do STF e da Casa Civil, e o chefe de gabinete de Lula, Marco Aurélio Ribeiro.
Portanto, no relatório da investigação, porém, a PF diz que “não obteve elementos para precisar quem seria o alvo da ação violenta planejada pelo grupo criminoso”.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil