Conselheiro do TCE-AM revela se cuidar com psiquiatra e psicoterapeuta
Josué Claudio Neto fez a revelação no Corregedoria Day, evento que este ano aborda a importância dos cuidados com saúde mental na sociedade
Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 08/05/2025 às 05:45 | Atualizado em: 08/05/2025 às 05:46
O conselheiro e corregedor do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Josué Claudio Neto, compartilhou publicamente que faz acompanhamento com psicoterapeuta e psiquiatra. A revelação foi durante palestra na segunda edição do Corregedoria Day, nesta quarta-feira (7), no auditório do tribunal.
Ao falar sobre o tema do evento — “Ambientes Institucionais e Saúde Mental: Caminhos para o Cuidado” —, Josué destacou que cuidar da mente deve ser tratado com naturalidade.
“É normal ter um terapeuta. E é normal ter um psiquiatra”, afirmou. O corregedor disse que sua decisão de expor o acompanhamento psicológico e psiquiátrico foi intencional:
“Escolhi para dizer do meu testemunho, de provar, de demonstrar.”
Exame de próstata – tabu quebrado
O conselheiro comparou o atual tabu da saúde mental com o que havia, duas décadas atrás, sobre o exame de próstata.
“Hoje os homens já falam naturalmente ‘eu fiz o exame de próstata’. Isso porque o poder público plantou essa semente na sociedade. Agora, temos que fazer o mesmo com a saúde mental”, argumentou.
Solenidade
A fala de Josué foi feita na presença de autoridades como a presidente do TCE-AM, Yara Lins, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Roberto Cidade (União) e representante de outros órgãos públicos.
O evento foi promovido pela Corregedoria do Tribunal de Contas. Ele integra uma mobilização nacional coordenada pelo Instituto Rui Barbosa, que reúne as corregedorias dos tribunais de contas de todo o país.
Leia mais
A urgência do cuidado: saúde mental como valor institucional
Afastamento do trabalho por transtornos mentais
A saúde mental tem sido um tema cada vez mais relevante no Amazonas. Segundo levantamento do Ministério da Previdência Social, divulgado pelo BNC Amazonas, os transtornos mentais foram responsáveis por 2.603 afastamentos do trabalho no estado apenas em 2024.
O número é o segundo maior da Região Norte, o que reforça a urgência do debate e da quebra de estigmas.
“O Tribunal de Contas está plantando essa semente”, finalizou Josué, ao defender que servidores e cidadãos possam buscar ajuda psicológica com a mesma naturalidade com que vão ao médico tratar de questões físicas.
Foto: divulgação