Lula demite por fraude no INSS, mas Previdência não sai das mãos de Lupi

O ex-deputado Wolney Queiroz, secretário-executivo da Previdência Social, o novo ministro, era o número 2 de Carlos Lupi

Lula demite por fraude no INSS, mas Previdência não sai das mãos de Lupi

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 03/05/2025 às 09:58 | Atualizado em: 03/05/2025 às 10:00

Mesmo com a demissão de Carlos Lupi após o escândalo envolvendo fraudes em benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Previdência não saiu das mãos do ex-ministro.

É que o novo ministro do INSS nomeado por Lula da Silva, o ex-deputado Wolney Queiroz, secretário-executivo da Previdência Social, era o número 2 de Carlos Lupi. Ou seja, o segundo cargo mais importante do ministério.

Segundo o g1, filiado ao PDT — mesmo partido do qual Lupi é presidente licenciado — Queiroz exerceu seis mandatos consecutivos como deputado federal por Pernambuco desde 1995.

Conforme a publicação, Lupi participou de reunião do Conselho Nacional da Previdência Social, em 2023, na qual foi alertado sobre fraudes no INSS.

Porém, as primeiras medidas para coibir as irregularidades foram tomadas quase um ano depois. Wolney estava na reunião também.

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Operação

A operação realizada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU)apreendeu com os suspeitos diversos itens de valor.

Por exemplo, dinheiro em espécie e carros de luxo, como uma Ferrari, joias, relógios de luxo e quadros. A descoberta levou ao afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que foi demitido.

Ale’m disso, outros cinco servidores públicos foram afastados. Além deles, seis pessoas ligadas a uma associação de Sergipe foram presas.

Ainda conforme a reportagem, a Polícia Federal considera o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes — conhecido, segundo os próprios investigadores, como Careca do INSS — como o principal operador do esquema de desvio de dinheiro dos aposentados e pensionistas do INSS.

Dessa maneira, ele é sócio de 22 empresas. Segundo a polícia, todas registradas no mesmo endereço em Taguatinga, a 20 km de Brasília.

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Foto: reprodução/Planalto