Eleitor evangélico: Omar Aziz aposta no discurso da prosperidade

Em entrevista ao programa “Manhã de Notícias”, no dia 28 de abril, o senador Omar Aziz (PSD) ressaltou o uso da palavra “prosperidade”, que aparece em vários momentos.

Pré-candidato ao Governo do Amazonas em 2026, Aziz parece calibrar seu discurso para dialogar com o público evangélico.

Afinal, esse segmento representa parcela crescente do eleitorado brasileiro, especialmente no Amazonas.

Ao comentar o movimento “Amazonas mais forte de novo”, que vai nortear o discurso de campanha, o senador destacou a importância de oferecer “oportunidade, perspectiva e, principalmente, o jovem ter prosperidade”.

A escolha do termo, portanto, não parece ter sido aleatória. Nas últimas décadas, o conceito de “prosperidade” se tornou central nos discursos das igrejas neopentecostais, que associam fé, sucesso financeiro e ascensão social — valores caros a um eleitorado conservador e em expansão.

Aziz também citou a palavra ao falar da retomada das obras da Cidade Universitária, projeto que iniciou como governador (2010-2014) e não foi concluído pelos posteriores.

“Se você quer prosperidade para um jovem hoje, além da educação, você tem que abrir espaço”, afirmou.

Aziz associou educação, tecnologia e inovação a caminhos para o progresso individual, em uma narrativa que ressoa com o ideário da “prosperidade” difundido no meio evangélico.

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Ajuste de rota

A aposta do pré-candidato não é isolada. No contexto político atual, diversos candidatos vêm ajustando seu discurso para se conectar com os valores e a linguagem desse público.

Para Aziz, falar em prosperidade pode significar não apenas reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento econômico do estado, mas também se posicionar mais próximo de uma base eleitoral que valoriza o sucesso pessoal como reflexo de mérito e bênçãos divinas.

Com o “Amazonas mais forte de novo”, ele sinaliza que a busca pela retomada do protagonismo do estado passa, necessariamente, por um discurso alinhado às expectativas de um novo Amazonas: mais conservador, mais evangélico e sedento por oportunidades de ascensão social.

Foto: reprodução/TV