Amazônia: ‘tubarão dos rios’, piraíba de 2,3 metros é pescada no Xingu
Pescador devolve o peixe ao rio, reforçando ações de conservação e pesca esportiva sustentável na Amazônia.

Diamantino Junior
Publicado em: 21/04/2025 às 16:24 | Atualizado em: 21/04/2025 às 16:24
Um pescador esportivo capturou uma piraíba de 2,30 metros no rio Xingu, uma das maiores espécies de bagre de água doce do mundo, e decidiu devolvê-la ao rio. A ação, registrada recentemente, destaca a importância da pesca esportiva sustentável e chama atenção para os esforços de preservação no bioma amazônico.
A piraíba (Brachyplatystoma filamentosum) é considerada um predador de topo na cadeia alimentar dos rios da Amazônia.
Com registros que ultrapassam 2,35 metros de comprimento e 200 kg, o peixe tem papel fundamental no equilíbrio ecológico das bacias hidrográficas, mas enfrenta pressões crescentes provocadas por pesca predatória, construções de barragens e alterações no curso natural dos rios.
O episódio ocorreu em um trecho do rio Xingu, que atravessa os estados do Mato Grosso e Pará e é reconhecido como um dos principais afluentes do rio Amazonas.
A região abriga grande diversidade de espécies aquáticas e tem se tornado referência em práticas de pesca esportiva regulada, como as desenvolvidas em parceria com comunidades indígenas da Aldeia Tanguro.
A soltura do peixe foi vista como um gesto simbólico que reforça o compromisso com a conservação ambiental.
Leia mais
Aonde eu estiver, eu sempre levarei a Amazônia no meu coração’
A prática de capturar e liberar exemplares raros tem ganhado adesão entre pescadores e visibilidade nas redes sociais, onde vídeos de devolução de piraíbas gigantes acumulam milhares de visualizações e ajudam a conscientizar sobre a importância da preservação dos ecossistemas amazônicos.
Especialistas alertam que a manutenção de habitats preservados é essencial para a sobrevivência da espécie e para o equilíbrio de toda a cadeia alimentar aquática. Iniciativas locais que aliam ecoturismo, manejo sustentável e participação comunitária são apontadas como caminhos viáveis para conciliar conservação e desenvolvimento.
Leia mais no Agroemcampo
Foto: reprodução redes sociais