Ex-senador que estuprou sua filha e mandou matar mãe dela já vai para casa

Mesmo condenado por estuprar a própria filha e mandar matar a mãe dela, o ex-senador Telmário Mota deixou a prisão nesta quinta-feira (18) para cumprir 60 dias de prisão domiciliar com tornozeleira. Ele estava preso em regime fechado desde outubro de 2023, em Boa Vista (RR), cumprindo somente um ano e cinco meses de cadeia.

A decisão judicial considerou laudos médicos que apontam problemas físicos e transtornos mentais. Segundo a defesa, o sistema prisional não oferecia tratamento adequado para o ex-senador.

O Ministério Público fez uma perícia em fevereiro e, no mês seguinte, recomendou a prisão domiciliar. A Justiça autorizou a medida com base nesses documentos.

Com isso, Telmário só poderá sair de casa para tratamento médico ou com autorização judicial. Depois de 60 dias, o benefício será reavaliado.

Mãe da filha foi morta três dias antes de audiência

O caso gerou grande repercussão em Roraima. Em 2022, a filha de Telmário o denunciou por estupro, quando tinha 17 anos. No ano seguinte, um tiro na cabeça executou a mãe dela, agravando ainda mais a situação.

Além disso, Antônia Araújo, de 52 anos, era testemunha-chave no processo. No entanto, criminosos a mataram enquanto ela saía para o trabalho, em Boa Vista, apenas três dias antes da audiência.

Enquanto isso, as autoridades investigam o ex-senador como mandante do crime, embora ele negue qualquer envolvimento. Posteriormente, agentes o prenderam em Goiás, em outubro de 2023, e o transferiram para Roraima em dezembro.

Leia na íntegra em g1.

Leia mais

Roraima: ex-senador Telmário Mota é preso em novo mandado

Filha do senador Telmário Mota acusa pai de estupro; ele nega

Foto: José Magno/Acervo FolhaBV