Servidores da Abin pedem saída do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa

Grupo ligado à carreira de inteligência acusa o diretor-geral de abandonar compromissos com a Abin.

Luiz Fernando Corrêa/Abin

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 17/04/2025 às 15:04 | Atualizado em: 17/04/2025 às 15:04

Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pretendem divulgar, nesta quinta-feira (17), um pedido público de exoneração do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa.

Essa iniciativa parte da União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis), que acusa Corrêa de falhar em sua gestão, enfraquecer a instituição e abandonar compromissos com a carreira.

Segundo a entidade, Corrêa não defendeu a Abin diante dos ataques públicos, tampouco articulou a sucessão com alguém dos quadros da agência. Além disso, não conseguiu ampliar o orçamento institucional, que hoje é o menor em 14 anos.

Para a Intelis, o diretor-geral falhou ao não conquistar recursos nem por meio de emendas parlamentares.

A Abin, por sua vez, afirmou que o atual número 2 de Corrêa, Rodrigo de Aquino, é servidor de carreira e que os cortes orçamentários atingem todo o governo federal. No entanto, a tensão interna aumentou após Corrêa ser intimado a depor, também nesta quinta, no inquérito da “Abin paralela”. A investigação apura um suposto esquema ilegal de espionagem no governo Bolsonaro.

Os servidores alegam que Corrêa perdeu legitimidade para permanecer no cargo. Eles o acusam de priorizar a defesa da própria gestão, enquanto expõe os agentes da Abin. Como exemplo, citam sua condenação pública à operação de inteligência realizada contra o governo do Paraguai.

Além disso, os profissionais reclamam que Corrêa ignorou o compromisso de preparar a sucessão. Após a gestão criticada de Alexandre Ramagem, os servidores esperavam a nomeação de alguém da própria carreira.

No entanto, Corrêa escolheu inicialmente o delegado Alessandro Moretti como adjunto. Após a saída de Moretti, nomeou o professor Marco Cepik, que também deixou o cargo em março. Só então, Corrêa nomeou um servidor da casa, Rodrigo de Aquino.

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