Ramagem forçou agente da Abin a entrar no país com relógios na surdina

Agente afirma que recebeu ordem direta de assessora de Ramagem para transportar os itens.

Alexandre Ramagem

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 17/04/2025 às 09:19 | Atualizado em: 17/04/2025 às 09:19

Um agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou à Polícia Federal que recebeu uma ordem direta para trazer três relógios de luxo do Catar ao Brasil. A assessora de Alexandre Ramagem, então diretor da agência, deu a ordem. Segundo o agente, ela o constrangeu a transportar os presentes.

A Polícia Federal investiga se o agente entrou com os relógios no país sem declarar à Receita Federal. Se isso ocorreu, ele pode ter cometido sonegação fiscal. Os investigadores também apuram se Ramagem usou servidores da Abin para favorecer uma empresa contratada pela agência. Eles querem saber se esses funcionários receberam dinheiro em troca.

A PF suspeita que Luiz Fernando Corrêa, atual diretor da Abin, autorizou a destruição de provas. Por isso, vai ouvir o depoimento dele nesta quinta-feira (17).

Ramagem disse à PF que recebeu os relógios, mandou catalogá-los e os enviou ao museu da Abin. Agora, os investigadores tentam confirmar se ele falou a verdade ou se usou a estrutura pública para benefício próprio. A apuração entrou na fase final.

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil