Tanara Lauschner, do PCdoB, é eleita reitora da Ufam
É a volta de uma mulher ao cargo após oito anos

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 14/04/2025 às 20:49 | Atualizado em: 15/04/2025 às 07:02
Em uma eleição marcada por intensos debates sobre o futuro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a professora Tanara Lauschner, vinculada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi eleita reitora da instituição neste dia 14 abril de 2025.
Em segundo turno da eleição, a chapa 57, de Tanara e seu vice Geone Maia, obteve 52,86% dos votos.
A chapa derrotada, a 25, do professor Marcão e Armando Júnior, ficou com 47,14%.
Veja os números:
Votos válidos por segmento:
• – Docentes: 1.672 votos válidos
• – Chapa 25: 706
• – Chapa 57: 966
• – TAEs (Técnico-Administrativos): 1.377 votos válidos
• – Chapa 25: 894
• – Chapa 57: 483
• Discentes: 10.102 votos válidos
• Chapa 25: 3.462
• Chapa 57: 6.640
Totais gerais:
• – Total de Docentes: 1.701
• – Total de TAEs: 1.395
• – Total de Discentes: 10.226
Brancos e nulos:
• – Docentes: 9 brancos, 20 nulos
• – TAEs: 8 brancos, 10 nulos
• – Discentes: 65 brancos, 59 nulos
Resultado final:
• – Chapa 25: 47,14%
• – Chapa 57: 52,86% → Vencedora
É a volta de uma mulher ao cargo após oito anos. A última foi a professora Márcia Perales, que comandou a Ufam entre 2009 e 2017. Ela foi substituída por Sylvio Mário Puga Ferreira, atual reitor.
Tanara conduziu uma campanha em defesa da ciência, da inclusão e da autonomia universitária.
Com forte presença nos debates e nas redes sociais, ela conseguiu mobilizar uma base diversa de apoiadores, entre estudantes, técnicos e docentes.
Engenheira eletricista de formação e doutora em informática, a nova reitora tem uma trajetória consolidada na Ufam, onde atua como professora titular e pesquisadora.
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Comunista militante
Fora dos muros da universidade, Tanara é conhecida por sua atuação política e militância no PCdoB, especialmente em pautas relacionadas à tecnologia, equidade de gênero e defesa da educação pública.
Ela começou cedo na militância política, ainda no movimento estudantil, mas se dedicou também à carreira acadêmica.
A eleição de Tanara representa a escolha por uma gestão voltada à valorização da democracia interna, à promoção da diversidade e ao enfrentamento das tentativas de desmonte da universidade pública.
Foto: reprodução/Facebook