Ministra de Lula tenta brecar anistia a Bolsonaro e seus golpistas
Gleisi tenta retirar assinaturas enquanto busca puxar apoio do presidente da Câmara.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 14/04/2025 às 09:55 | Atualizado em: 14/04/2025 às 09:55
Recém-nomeada pelo presidente Lula, a ministra das Relações Institucionais tenta desfazer apoio ao projeto que beneficia golpistas de 8 de janeiro. Este será o primeiro grande teste de Gleisi Hoffmann à frente da articulação política.
Nesta semana, ela vai trabalhar para convencer parlamentares aliados do governo a retirarem assinaturas do pedido de urgência que levaria o texto direto ao plenário.
A ofensiva terá um ponto central: o projeto, na prática, beneficia Jair Bolsonaro, seus assessores e militares acusados de planejar ataques contra Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
Segundo aliados da ministra, a estratégia não inclui ameaças, mas apela à consciência: não se pode anistiar quem atentou contra a democracia.
O governo aceita discutir reduções de pena, desde que isso fique a cargo da Suprema Corte. Gleisi, aliás, precisou se explicar ao STF após declarações que geraram mal-estar na Corte.
Além de tentar reverter apoios no Congresso, o Planalto conta com a articulação do presidente da Câmara, Hugo Motta, para manter o projeto fora da pauta.
Motta tem dito a interlocutores que segurança pública e economia são prioridades, e não projetos de cunho político como a anistia.
Leia na íntegra na coluna de Valdo Cruz no g1.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil