Banco Central aponta crescimento econômico pelo segundo mês consecutivo

Dados registram alta de 0,4% em fevereiro e avanço de 4,1% na comparação anual.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 11/04/2025 às 16:16 | Atualizado em: 11/04/2025 às 16:16

A economia brasileira manteve a trajetória de crescimento em fevereiro, segundo o Banco Central. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (11), subiu 0,4% em relação a janeiro, já considerando os ajustes sazonais.

Com esse resultado, o índice chegou a 108,8 pontos. Na comparação com fevereiro de 2024, o crescimento foi de 4,1%. No acumulado em 12 meses, o avanço ficou em 3,8%.

O IBC-Br serve como uma espécie de termômetro da economia e é usado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para embasar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que está em 14,25% ao ano. O índice reúne dados da indústria, comércio, serviços, agropecuária e arrecadação de impostos.

A Selic é o principal instrumento para controlar a inflação. Quando a taxa sobe, o crédito fica mais caro, a demanda diminui e os preços tendem a cair. Por outro lado, cortes na Selic estimulam o consumo, mas podem elevar a inflação.

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Em março, a inflação oficial medida pelo IPCA foi de 0,56%, abaixo dos 1,31% registrados em fevereiro, segundo o IBGE. Ainda assim, o acumulado em 12 meses chegou a 5,48%, acima do teto da meta, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.

Além disso, o aumento dos preços de alimentos e energia, somado ao cenário internacional incerto, levou o Copom a subir a Selic em mais um ponto percentual em março — o quinto aumento consecutivo.

Em comunicado, o comitê avaliou que a economia permanece aquecida, apesar de uma leve desaceleração. Também alertou para o risco de inflação persistente nos serviços e afirmou que continuará monitorando os rumos da política econômica.

Para a reunião de maio, o Copom indicou uma alta de juros menor, sem sinalizar os próximos passos.

Por outro lado, o IBC-Br é calculado mensalmente e segue metodologia diferente do Produto Interno Bruto (PIB), dado oficial do desempenho econômico, divulgado pelo IBGE. Segundo o Banco Central, o índice contribui na formulação da política monetária, mas não serve como uma prévia do PIB.

Por fim, em 2024, o PIB brasileiro cresceu 3,4%, marcando o quarto ano seguido de alta. Foi, inclusive, o melhor desempenho desde 2021, quando a expansão chegou a 4,8%.

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Foto: Audi/divulgação