Em volume, cheia do rio Amazonas já é a maior dos últimos 5 anos
Maior rio do mundo recupera bem a perda de volume de água de 2024, ano da mais severa estiagem e maior vazante da história na região

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 11/04/2025 às 09:01 | Atualizado em: 11/04/2025 às 09:36
O rio Amazonas registra uma extraordinária recuperação de volume de água em seu processo de cheia em 2025. Assim, já consegue repor as perdas de 2024, ano de forte estiagem e de vazante recorde.
Dados da régua fluviométrica do porto do Município de Itacoatiara (AM) mostram que, em seis meses, o maior rio do mundo recuperou 13,23 metros.
Esse volume de água já é o maior dos últimos cinco anos.
Ano | Máxima (m) | Mínima (m) | Volume (m) |
2021 | 15,21 | 5,83 | 10,22 |
2022 | 14,80 | 3,55 | 8,97 |
2023 | 13,77 | 0,36 | 10,22 |
2024 | 12,35 | -0,18 | 11,99 |
2025 | 13,05 | 13,23 (11/04/2025) |
Considerando-se que o processo de enchente pode se estender até junho, a cheia deste ano poderá ser das grandes.
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Influências
Este ano, o volume de chuvas na bacia amazônica é muito diferente do ano passado. Esse fenômeno de preciptação intenso colabora. Em 2024, a transição da seca para o inverno amazônico registrou fraca preciptação.
A nevegação e os ribeirinhos estão de olho na água que vem do rio Madeira. Esse rio, neste momento, enche muito e já causas alagações em cidades do Sul do Amazonas.
O Madeira, maior tributário do Amazonas, deságua um pouco acima de Itacoatiara, cidade estratégica na logística do transporte de grãos do Sudeste.
Foto: BNC Amazonas