Tem empresários do Amazonas na ‘lista suja’ do trabalho escravo no país
Veja em que setores mais ocorrem a escravização de trabalhadores.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 09/04/2025 às 14:45 | Atualizado em: 09/04/2025 às 14:45
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou nesta quarta-feira (9) a chamada “Lista Suja” do trabalho escravo, incluindo, portanto, 155 novos nomes. Assim, o cadastro passa a reunir, no total, 745 empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão em diferentes partes do país.
Entre esses empregadores, destacam-se quatro do Amazonas:
- ° Adalcimar de Oliveira Lima, em Lábrea, na região da Floresta Nacional do Iquiri;
- ° Gilcimar Modesto da Silva, em Manaus, na zona rural, com atividade de fabricação de móveis;
- ° José Flávio Souza dos Santos, em Novo Aripuanã;
- ° Maria das Graças dos Santos Level, também de Manaus.
A atualização também revelou os setores mais recorrentes em casos de trabalho análogo à escravidão:
- – Criação de bovinos;
- – Cultivo de café;
- – Trabalho doméstico;
- – Produção de carvão vegetal;
- – Extração de minerais diversos.
Criada em 2004, a “Lista Suja” enfrentou diversos impasses, especialmente durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Entre 2014 e 2016, a divulgação chegou a ser suspensa. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, em uma decisão importante, confirmou a constitucionalidade da medida, garantindo assim sua continuidade e legitimidade como ferramenta de transparência nas fiscalizações.
Além disso, esses nomes permanecerão na lista suja por dois anos, após a conclusão dos processos administrativos, que, por sua vez, garantem amplo direito de defesa aos acusados. Por fim, o cadastro é atualizado semestralmente e pode ser consultado no site do MTE.
Confira a lista na íntegra:
Leia na íntegra em g1.
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Foto: Ministério do Trabalho/divulgação