Amazônia: entenda importância da onça-pintada para o bem da floresta

Predador de topo, a onça revela se o ecossistema está equilibrado, com vegetação rica e fauna diversa.

Amazônia: mais de seis mil onças-pintadas vivem em áreas protegidas, diz estudo

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 05/04/2025 às 10:13 | Atualizado em: 05/04/2025 às 14:10

Preservar a Amazônia também passa por proteger a onça-pintada, que é um indicador natural da saúde ambiental da floresta. Além disso, esse grande felino, o maior das Américas, só sobrevive onde há presas em quantidade, vegetação densa e pouca interferência humana.

Por outro lado, como predador de topo, a onça precisa de energia que percorre toda a cadeia alimentar para chegar até ela. Assim, sua presença revela um ecossistema eficiente, onde as plantas alimentam herbívoros e esses, por sua vez, sustentam carnívoros.

Entretanto, quando a onça desaparece, o equilíbrio se rompe. Com isso, herbívoros se multiplicam e destroem a vegetação com sobrepastoreio.

Além de prejudicar o equilíbrio, esse efeito em cascata atinge também a biodiversidade, o solo e até os cursos d’água da floresta.

Nos biomas brasileiros, a onça já mostra seu impacto positivo. Por exemplo, na Amazônia, sua proteção ajuda a conservar grandes áreas florestais e a conter o avanço do desmatamento.

Ademais, no Pantanal, ela regula a população de herbívoros como a capivara. Igualmente, na Mata Atlântica, a reintrodução da espécie cria corredores ecológicos que fortalecem a fauna e a flora.

Já na Reserva do Tinguá (RJ), a volta da onça tem restaurado o equilíbrio natural entre espécies.

Apesar disso, ameaças como desmatamento, caça ilegal e fragmentação do habitat colocam a espécie em risco. Por fim, garantir a sobrevivência da onça-pintada é também garantir o futuro da floresta e de quem depende dela.

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Foto: Instituto Mamirauá