MPF diz que ‘beijos’ e ‘cheiros’ eram códigos de propina com verbas de emenda
Obra foi bancada com emendas do atual presidente da Câmara, Hugo Motta. Saiba do caso

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/04/2025 às 17:30 | Atualizado em: 03/04/2025 às 17:30
Esquema tratava propina como “beijos” e “cheiros” para envolvidos despistarem os atos ilícitos de verbas públicas na cidade de Patos (PB).
Assim, A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram nesta quinta-feira (3) a 2ª fase da operação Outside.
De acordo com a coluna Fábio Serapião, do Metrópoles, a 1ª fase da investigação teve como objetivo apurar indícios de fraude em licitação, sobrepreço e desvios de recursos públicos relacionados à obra de restauração da Al;ca Sudeste e da Avenida Manoel Mota, em Patos.
Segundo a publicação, o custo da obra seria de cerca de R$ 5 milhões, e foi bancada com emendas do atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).
Sobretudo, o pai do deputado, Nabor Wanderley, é o atual prefeito da cidade. Eles não foram alvos em nenhuma das duas fases da operação.
Dessa forma, na decisão que autorizou as ações desta quinta-feira, o juiz cita diálogos entre os supostos envolvidos em que utilizavam termos como “beijos” e “cheiros” como forma de nomear o pagamento de propina.
“Eulanda Ferreira, servidora pública municipal da Prefeitura de Patos, em diversas oportunidades, conforme visto acima, possivelmente solicita, através de emojis de beijos e da expressão cheiro, a André Cesarino, propinas, normalmente em quantias de R$ 500,00, depois de informar que houve pagamento de alguma medição, seja referente às obras licitadas na Concorrência nº 4/2021 ou no Pregão Presencial nº 11/2021”, diz trecho do documento da Justiça Federal.
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Foto: divulgação/PF