Terceira operação Overclean mira farra com emendas parlamentares em estados

Estima-se que os criminosos tenham movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio dos contratos fraudulentos e obras superfaturadas.

Terceira operação Overclean mira farra com emendas parlamentares em estados

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas*

Publicado em: 03/04/2025 às 13:43 | Atualizado em: 03/04/2025 às 15:44

A terceira fase da operação Overclean mirou hoje (3) uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos – como emendas parlamentares -, corrupção e lavagem de dinheiro.

Com isso, a Controladoria-Geral da União *CGU)e a Polícia Federal (PF) cumpriram mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador/BA, São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG e Aracaju/SE,

Como resultado, foram 16 mandados de busca e apreensão e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a CGU, as investigações apontam que o esquema criminoso atingiu principalmente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

Sobretudo, a Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA), além de outros órgãos públicos que contavam com o apoio operacional da organização criminosa nas localidades afetadas.

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Conforme a publicação, a apuração indica ainda que a organização direcionava recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, utilizando superfaturamento de obras e desvios financeiros.

Dessa forma, estima-se que os criminosos tenham movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio dos contratos fraudulentos e obras superfaturadas.

Assim, os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.

A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias.

Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.

Sendo assim, o cadastro deve seguir, ainda, as seguintes orientações: No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, basta marcar a opção “Operações CGU”; e no campo “Fale aqui”, coloque o nome da operação e a Unidade da Federação na qual ela foi deflagrada.

*Com informações da Controladoria-Geral da União.

Foto: divulgação