Benjamin Constant, S. Antônio do Içá e Tonantins são advertidos sobre Fundeb
MPF envia recomendações para garantir transparência na gestão dos recursos do Fundeb em Benjamin Constant, Santo Antônio de Içá e Tonantins.

Diamantino Junior
Publicado em: 01/04/2025 às 15:07 | Atualizado em: 01/04/2025 às 15:07
O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendações aos municípios de Benjamin Constant, Santo Antônio de Içá e Tonantins, na região do Alto Solimões, no Amazonas, para que adotem medidas de transparência e controle na movimentação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Os municípios têm um prazo de 30 dias para comprovar ao MPF e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) o cumprimento das recomendações.
Recomendações do MPF
Abertura de contas bancárias específicas
Os municípios devem criar contas bancárias exclusivas na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil para o depósito e movimentação dos valores do Fundeb.
Administração dos recursos pela Secretaria de Educação
A gestão das contas bancárias deve ser realizada exclusivamente pela Secretaria de Educação municipal, garantindo maior controle e transparência na aplicação dos recursos.
Depósito e movimentação de precatórios do Fundef
Devem ser adotadas providências para garantir que os precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) sejam depositados e movimentados conforme as normas legais.
Proibição de transferências para contas não autorizadas
Os recursos do Fundeb, oriundos da União, estados e Distrito Federal, não podem ser transferidos para contas-correntes que não sejam as contas únicas e específicas criadas pelos municípios.
Movimentação eletrônica dos recursos
Todas as movimentações devem ser realizadas apenas por meios eletrônicos, com pagamentos feitos diretamente nas contas-correntes dos fornecedores, prestadores de serviço e profissionais da educação devidamente identificados.
Garantia de transparência
O procurador da República Guilherme Diego Rodrigues Leal ressaltou que as medidas são essenciais para assegurar a transparência na administração dos recursos públicos.
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As recomendações foram baseadas em relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU), obtidos por meio do Sistema Informatizado de Auditoria em Programas de Educação (Sinapse), que identificaram a omissão de alguns municípios e estados brasileiros no cumprimento da legislação relacionada ao Fundeb.
Com essas medidas, o MPF busca garantir que os recursos destinados à educação sejam utilizados corretamente, evitando desvios e promovendo uma gestão mais eficiente e responsável.
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Foto: BNC AMAZONAS