Preço de combustíveis deve cair com volta à produção de refino, diz Ream

A Refinaria da Amazônia (Ream), pertencente ao Grupo Atem, projeta reduzir os preços dos combustíveis com a reativação de seu parque de refino até junho deste ano. Após mais de dez meses operando apenas com importação, a refinaria se prepara para voltar a processar petróleo, o que deve refletir diretamente nos custos e beneficiar os consumidores.

Modernização e expectativa de queda nos preços

Segundo Antônio Sampaio, diretor de relações institucionais do Grupo Atem, a pausa foi necessária para uma ampla modernização das instalações. “Estamos reformulando as linhas de produção e, em breve, reabriremos o parque de refino. Com maior produção, o preço tende a cair”, destacou.

A Ream tem capacidade para processar até 7,3 milhões de litros de petróleo por dia, o equivalente a 46 mil barris. A expectativa da empresa é que a retomada impulsione a economia regional e traga maior competitividade ao mercado.

Paralisação prolongada gera preocupação

A longa interrupção das atividades da refinaria levantou questionamentos do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM). O diretor-executivo da entidade, Marcus Ribeiro, afirmou nunca ter visto uma refinaria permanecer tanto tempo sem operar para manutenção.

“Isso nos preocupa, pois a refinaria é essencial para geração de empregos e para o processamento do petróleo de Urucu. Buscamos respostas da ANP e do Ministério de Minas e Energia, mas ainda não tivemos esclarecimentos concretos”, disse Ribeiro.

Ainda assim, o sindicalista vê sinais positivos. Recentemente, uma das três unidades de processamento de Urucu voltou a operar com 50% da capacidade.

Setor de óleo e gás em debate

O evento Óleo, Gás & Energia segue movimentando o setor no Amazonas. Com painéis e discussões sobre desenvolvimento e desafios da área, a conferência reúne empresários, especialistas e autoridades, incluindo o governador Wilson Lima, que participa do debate sobre o papel do setor no crescimento econômico do estado.

O secretário estadual de Mineração, Gás e Energia, Ronney Peixoto, destacou a importância estratégica do setor para o Amazonas, apontando a transição energética como um dos eixos centrais do evento.

“A transição para fontes mais limpas é um processo contínuo. O Amazonas já trabalha com gás e outras fontes renováveis, e essa preocupação ambiental está presente em todas as discussões do setor”, afirmou Peixoto.

A edição de 2024 da conferência já reuniu mais de 600 participantes e gerou um volume estimado de R$ 4,3 milhões em negócios.

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Foto: divulgação