PF está nas ruas; alvo é milícia com policiais civis

A Polícia Federal (PF) amanheceu nas ruas de Manaus nesta manhã de quarta-feira, 19. Viaturas foram vistas há pouco em deslocamento em várias regiões.

Duas informações que chegaram à redação do BNC são mais precisas. Uma diz que os agentes federais foram vistos em ruas do Distrito Industrial, zona sul. Outra informação aponta movimentações na avenida do Turismo, em direção a condomínios de luxo da Ponta Negra.

A Polícia Federal ainda não se manifestou sobre o assunto. 

No entanto, já há informação de que a operação é para desarticular uma milícia formada por agentes da Polícia Civil do Amazonas.

O grupo, apurou o site, atua na comercialização ilegal de ouro extraídos de garimpos clandestinos do Amazonas, Roraima e Rondônia.

Ligação com assassinato de lutador

O BNC também apurou que a operação de hoje seria desdobramento da morte do empresário e lutador, faixa preta de jiu-jitsu, James Nascimento.

James foi assassinado no dia 8 de março do ano passado, em frente a academia Gracie Barra. Essa academia fica à rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, zona oeste de Manaus.

Ele também seria envolvido com ouro ilegal.

Um dos investigados já está preso.

Dessa maneira, equipes da PF entraram no condomínio Reserva das Flores, na Ponta Negra.

Nota da PF

Às 08h49, a Polícia Federal divulgou uma nota sobre a operação, denominada Ourives.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 19/3, a operação Ourives, que investiga grupo criminoso que atua na comercialização ilegal de ouro extraídos de garimpos clandestinos da Amazônia Legal. Foram mobilizados 17 Policiais Federais para o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão na cidade de Manaus/AM.

A investigação revelou que a organização criminosa cooptava ourives para manipular e revender ouro extraído ilegalmente em Boa Vista/RR, Humaitá/AM, Japurá/AM e São Gabriel da Cachoeira/AM. O transporte do minério até a capital era realizado por embarcações, caminhões e aeronaves, com apoio de agentes da segurança pública estadual, que garantiam o fluxo da carga ilícita. Esses agentes também forneciam o ouro ilegal e coordenavam sua distribuição com intermediários, incluindo ourives e empresários. A organização operava com uma estrutura definida, utilizando empresas de fachada para ocultar transações financeiras ilícitas.

Os envolvidos poderão ser responsabilizados pelos crimes de obtenção de financiamento mediante fraude, sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes correlatos. 

Comunicação Social da Polícia Federal no Amazonas.

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Foto: BNC AMAZONAS