Enchente do rio Negro em Manaus bate a do ano da seca histórica

Neste dia 17, o rio tem 2 metros a mais de água que em 2024.

Seca

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 17/03/2025 às 13:32 | Atualizado em: 17/03/2025 às 13:39

Se o rio Negro, em Manaus, mantém nível de cheia gradual, preguiçosa, há otimismo com duas situações. A primeira delas é que está dois metros mais cheio que em 2024, quando sofreu a maior vazante de que se tem conhecimento. E a segunda é que a cota de hoje se aproxima da dos anos anteriores a 2023, quando se deu a segunda maior vazante.

Ou seja, depois de dois anos seguidos de seca severa de seus níveis, o rio Negro dá uma sinalização otimista para os amazonenses. E pode encher mais se as chuvas continuarem ajudando.

Neste 17 de março de 2025, portanto, o rio atingiu a cota de 25,26 metros, superando o nível registrado no mesmo dia de 2024 (22,93 metros).

O ano passado ficou marcado pela maior vazante da história, deixando o rio Negro com tão somente 12,11 metros. 

Embora ainda esteja 26 centímetros abaixo do nível de 2023 (a segunda maior vazante histórica), de 25,52 m no dia 17, e a perdurar o movimento de cheia, nesta semana o Negro pode superar essa marca também.

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Impactos e importância

O rio Negro é vital para a economia da capital amazonense. Sua navegabilidade sustenta a logística da Zona Franca de Manaus (ZFM), permitindo o recebimento de insumos vindos, principalmente, da Ásia e o escoamento de produtos acabados, como eletroeletrônicos e motocicletas. 

Além disso, ele é essencial para o transporte fluvial que conecta Manaus às comunidades ribeirinhas e aos mercados internacionais via rio Amazonas.

As oscilações no nível do rio também impactam diretamente a vida cotidiana na cidade. 

Durante os períodos de seca extrema, centenas de milhares de pessoas foram afetadas pela redução no abastecimento de água potável e pela dificuldade na navegação comercial. 

Em contrapartida, as cheias trazem riscos de alagamentos em áreas urbanas e rurais.

Fotos: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas