Mesmo com risco de prisão, Bolsonaro lidera ato contra STF
Bolsonaro comanda ato no Rio enquanto STF analisa denúncia por tentativa de golpe.

Diamantino Junior
Publicado em: 16/03/2025 às 10:00 | Atualizado em: 16/03/2025 às 10:07
Prestes a enfrentar julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), e com risco de prisão por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro comanda, neste domingo (16/3), um ato político na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento reúne apoiadores do ex-mandatário em defesa de um projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos que culminaram na invasão dos Três Poderes, em janeiro de 2023.
Mobilização e presença de aliados
Desde as primeiras horas da manhã, bolsonaristas começaram a se concentrar no local. Segundo o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, o ato estava previsto para iniciar às 10h. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, aliado político de Bolsonaro, já se encontra na capital fluminense para acompanhar a manifestação, conforme informações do portal Metrópoles.
A movimentação acontece em um momento delicado para o ex-chefe do Executivo, que se vê no centro de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentada ao STF.
O Supremo marcou para o dia 25 de março o julgamento da denúncia, na qual Bolsonaro é apontado como líder de uma organização criminosa que teria agido para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.
Pena de mais de 40 anos
A PGR sustenta que Bolsonaro tentou subverter a democracia ao insuflar seus apoiadores contra as instituições. Caso condenado por todas as acusações, a pena do ex-presidente pode variar entre 12 e 40 anos de prisão.
A defesa de Bolsonaro argumenta que não há provas concretas de que ele tenha ordenado ou participado diretamente de um plano golpista. O próprio ex-presidente tem criticado a celeridade do STF na análise do caso, alegando perseguição política.
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Bolsonaro já está inelegível até 2030 devido a duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político durante a campanha de 2022. O desfecho do julgamento no STF poderá determinar o futuro político e jurídico do ex-mandatário.
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Foto: Beto Barata/ PL