Ex-policial penal bolsonarista que matou petista volta para prisão

Prisão domiciliar foi revogada pelo desembargador Gamaliel Scaff, do TJ do Paraná

Ex-policial penal bolsonarista que matou petista volta para prisão

Ednilson Maciel

Publicado em: 14/03/2025 às 17:15 | Atualizado em: 14/03/2025 às 17:15

O ex-policial penal Jorge Guaranho, começou nesta sexta-feira (14) a cumprir pena no CMP (Complexo Médico Penal), em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Ele foi condenado pela morte do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu (PR), em 13 de fevereiro.

Dessa forma, Guaranho foi condenado no Tribunal do Júri de Curitiba a uma pena de 20 anos de prisão em regime inicial fechado.

Segundo a Folha de S.Paulo, mas, no dia seguinte, ele obteve uma liminar no Tribunal de Justiça do Paraná para permanecer em prisão domiciliar.

Contudo, na noite desta quinta-feira (13), a prisão domiciliar foi revogada pelo desembargador Gamaliel Scaff. O CMP confirmou à Folha que Guaranho chegou ao local na manhã desta sexta.

A princípio, pouco tempo depois após o crime em julho de 2022, Garanho ficou preso preventivamente aguardando julgamento.

Mas, em setembro de 2024, ele obteve o direito à prisão domiciliar – na época, três desembargadores do TJ entenderam que a prisão onde ele estava não tinha condição adequada para o réu.

Assim, a prisão domiciliar só foi revogada em 14 de fevereiro deste ano, logo após a condenação pelo júri. Mas, no dia seguinte, uma decisão liminar permitiu o cumprimento da pena em prisão domiciliar, novamente revogada agora, um mês depois.

A defesa de Guaranho diz esperar que o pedido de prisão domiciliar seja julgado pelo colegiado “de forma isenta e sem qualquer interferência política”.

“Justiça não é vingança, e o punitivismo penal não pode ser utilizado como instrumento para suprimir garantias individuais e comprometer a dignidade humana”, continua a nota.

Em suma, o ex-policial penal foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil (divergência política) e perigo comum (disparo de tiros em um ambiente com outras pessoas).

Assim sendo, o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça na terça-feira (11) para obter uma pena maior.

Leia mais em Folha de S.Paulo.

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