Amazonas reduz desmatamento em 70% em fevereiro, aponta Inpe
A redução do desmatamento no estado foi maior que em toda a Amazônia Legal.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 13/03/2025 às 13:08 | Atualizado em: 13/03/2025 às 13:08
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que o desmatamento no Amazonas caiu drasticamente em fevereiro passado, quando foram registrados 11 Km² de área derrubada.
Ou seja, houve uma queda de 70% de áreas desmatadas em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram derrubados 35,83 Km².
A redução do desmatamento no Amazonas foi maior que em toda a Amazônia Legal, onde, no mesmo período, foram registrados 81 km² de áreas desmatadas, uma queda de 64,26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 226,51 km² de desmatamento.
O Inpe diz que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal atingiram o menor índice para o mês de fevereiro.
No mês passado, o estado com mais alertas de desmatamento foi Mato Grosso (29 km²), seguido por Roraima (18 km²), Pará (15 km²), Amazonas (11 km²), Maranhão (4 km²), Rondônia (3 km²) e Acre (2 km²).
Embora o registro positivo, o Amazonas ainda possui dois municípios entre os dez da região (lista abaixo) que mais desmatam: na sétima posição Apuí (2,92 km²) e na oitava Lábrea (2,80 km²).
Desmatamento zero
Em nota, o governo federal diz que vem implementando diversas políticas públicas para reduzir o desmatamento no país, reafirmando o compromisso do Brasil com o desmatamento zero até 2030.
“Uma das principais ações foi a reativação do plano de ação para prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal, originalmente lançado em 2004 e descontinuado em 2019. O plano, restabelecido em 2023, mantém os eixos estratégicos de ordenamento territorial e fundiário, monitoramento e controle ambiental, fomento às atividades produtivas sustentáveis e instrumentos normativos e econômicos”, diz.
Além disso, o governo destacou que estabeleceu uma parceria de R$ 730 milhões com municípios amazônicos para combater o desmatamento e os incêndios florestais, parte do plano.
“Esses recursos, provenientes do Fundo Amazônia e do programa Floresta+, serão investidos até 2027 em ações como regularização fundiária e ambiental, assistência técnica para produção sustentável e criação de brigadas municipais de combate a incêndios”.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima estabeleceu ainda uma lista de municípios prioritários no bioma para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e da degradação florestal.
Municípios que mais desmataram
- 1º – Amajari (RR): 13,73 km²
- 2º – Uruara (PA): 6,07 km²
- 3º – Aripuanã (MT): 4,35 km²
- 4º – Tapurah (MT): 3,60 km²
- 5º – Marcelândia (MT): 3,18 km²
- 6º – Nova Maringá (MT): 3,16 km²
- 7º – Apuí (AM): 2,92 km²
- 8º – Lábrea (AM): 2,80 km²
- 9º – União do Sul (MT): 2,63 km²
- 10º – Colniza (MT): 2,49 km²
Foto: Agência Brasil