Amazônia: alertas de desmatamento atingem menor valor histórico, diz Inpe
A taxa representa uma queda de 64,3% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram detectados 227 km² de desmatamento.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 12/03/2025 às 07:35 | Atualizado em: 12/03/2025 às 07:37
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que os alertas de desmatamento na Amazônia atingiram seu menor valor histórico para um mês de fevereiro.
Com isso, o número indica a diminuição das ações que têm destruído parte da floresta, mas especialistas apontam que ainda não são uma trégua definitiva.
Ou seja, foram registrados 81 km² de áreas desmatadas no mês em 2025, o menor índice para fevereiro desde o início da série histórica em 2016. Como informa o g1.
Como resultado, a taxa representa uma queda de 64,3% em relação ao mesmo mês de 2024, quando foram detectados 227 km² de desmatamento.
Dessa maneira, o número é um sinal de queda nos alertas, mas ainda é relevante. Para se ter ideia, o desmatamento registrado em fevereiro representa uma área semelhante à da cidade de Vitória, capital do Espírito Santo.
E ainda se soma a outros milhares de quilômetros de desmatamento acumulado ao longo dos anos na floresta.
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Deter
Os alertas foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²).
Isso tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (por exploração de madeira, mineração, queimadas e outras).
Nesse sentido, o ranking de desmatamento por estados:
- 1° Mato Grosso 29 km²;
- 2° Roraima com 18 km²;
- 3° Pará com 15 km²;
- 4° Amazonas com 11 km².
Dessa forma, o governo federal atribui a queda do desmatamento a um conjunto de medidas intensificadas nos últimos meses.
Por exemplo, como o aumento da fiscalização, o combate a crimes ambientais e o fortalecimento de políticas de preservação.
Mesmo assim, o governo ainda enfrenta o desafio de cumprir a meta feita na campanha, que é zerar completamente os ataques à floresta.
Portanto, o número de fevereiro se soma a uma sequência de anos em que a floresta vem sendo alvo de desmatamento. Nos últimos anos, o acumulado é de milhares de quilômetros de extensão.
Leia mais no g1.
Foto: divulgação/SSP-AM