Mulheres em cargos de liderança ganham até 27% menos que homens no Brasil

Relatórios apontam que mulheres no Brasil recebem, em média, R$ 762 a menos por mês do que homens.

Mulheres

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 08/03/2025 às 12:00 | Atualizado em: 08/03/2025 às 12:02

A desigualdade salarial entre homens e mulheres continua uma realidade no Brasil. Mesmo com avanços na educação e na presença feminina no mercado de trabalho, a diferença salarial persiste.

Segundo o 2º Relatório de Transparência Salarial do Ministério do Trabalho e Emprego, as mulheres recebem, em média, 20,7% a menos do que os homens. Nos cargos de direção e gerência, essa diferença aumenta para 27%. Mesmo quando ocupam posições de liderança, as mulheres enfrentam dificuldades para alcançar a equiparação salarial.

Além disso, os dados do DIEESE reforçam esse cenário. Um boletim especial, divulgado em março de 2025, aponta que as mulheres ganham, em média, R$ 762 a menos por mês do que os homens. Isso representa uma desigualdade salarial de cerca de 22%.

Desafios e medidas para equidade

Apesar das leis trabalhistas e ações afirmativas, a diferença salarial ainda representa um grande obstáculo para a equidade de gênero.

Para enfrentar esse problema, o Brasil sancionou, em julho de 2023, a Lei nº 14.611. A nova legislação exige mais transparência salarial. Além disso, reforça a fiscalização contra a discriminação de gênero nas empresas.

Além disso, especialistas defendem medidas mais concretas. Eles sugerem auditorias salariais regulares. Também apontam a necessidade de incentivar a presença feminina em cargos estratégicos. Por fim, cobram mais transparência nas políticas de remuneração.

Impacto na economia

A desigualdade salarial não prejudica apenas as mulheres. Ela também impacta negativamente a economia como um todo.

Além disso, estudos internacionais indicam que a equidade salarial poderia impulsionar o PIB global. Além disso, o equilíbrio nos rendimentos aumentaria a produtividade e fortaleceria o consumo interno.

Com os novos dados em evidência, a luta por remuneração justa ganha ainda mais força. O desafio agora é transformar leis e políticas públicas em ações efetivas. Somente assim as mulheres terão as mesmas oportunidades e reconhecimento financeiro que seus colegas homens.

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Foto: Agência Brasil/BNC Amazonas