Amazônia: bioeconomia será atração de investidores na COP-30

Empresas que investem em inovação sustentável podem liderar a nova economia global.

Amazônia

Antônio Paulo , do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 08/03/2025 às 09:00 | Atualizado em: 08/03/2025 às 09:00

O secretário de clima, energia e meio ambiente, do Ministério das Relações Exteriores, e presidente da COP-30, embaixador André Corrêa do Lago, lança na próxima segunda-feira (10) a carta da presidência da COP-30, em Belém, no Pará, em novembro deste ano.

Também participará do lançamento a secretária nacional de mudança do clima, do Ministério do Meio Ambiente, e diretora-executiva da COP-30, Ana Toni.

Na ocasião, além da carta, os objetivos para a conferência também serão apresentados. A entrevista à imprensa será realizada às 10h, no Palácio Itamaraty, em Brasília.

Assim, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP-30, será um marco para a integração entre inovação, sustentabilidade e crescimento empresarial. É o que afirmam os especialistas em gestão de negócios.

Desse modo, a conferência da ONU, prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, levará a Amazônia para o centro das discussões globais.

Ressalte-se aqui a bioeconomia, que pode ser um pilar estratégico para negócios que desejam se diferenciar no mercado.

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Atração de investidores

“A chave não está apenas em cumprir exigências ambientais, mas em enxergar a sustentabilidade como uma alavanca de inovação e vantagem competitiva. Empresas que internalizam essa visão atraem investidores, aumentam sua resiliência e conquistam novos mercados”, afirmou Lucca Mendes, especialista em gestão de negócios.

Segundo ele, os números das últimas conferências do clima comprovam essa mudança. Na COP-26, por exemplo, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2021, as instituições financeiras, representando US$ 130 trilhões se comprometeram com metas climáticas.

Já na COP-27, ocorrida em novembro de 2022, em Sharm El Sheikh, no Egito, setores como transporte e energia fortaleceram compromissos de descarbonização e pressionaram governos por políticas mais eficazes.

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Modelos bem-sucedidos

Agora, na COP-30, segundo Mendes, já existem modelos bem-sucedidos de empresas, na Amazônia, que transformam biodiversidade em inovação e diferencial de mercado.

“A bioeconomia é uma grande oportunidade. O uso sustentável dos recursos naturais permite o desenvolvimento de produtos de alto valor agregado, gerando benefícios econômicos e sociais sem comprometer o meio ambiente”.

Por fim, afirmou o especialista em gestão de negócios, a COP-30 da Amazônia representa um ponto de inflexão para empresas que buscam crescer de forma sustentável.

“Negócios que encaram a sustentabilidade como parte essencial da estratégia estarão melhor preparados para o futuro. O desafio é construir modelos econômicos que unam inovação, impacto ambiental positivo e retorno financeiro consistente”.

Foto: Agência Brasil/BNC Amazonas