Bolsonaro não traz nada de novo na defesa e tenta fugir de Moraes

O chefe da organização do plano de golpe clama por privilégio que imagina ter

Mariane Veiga

Publicado em: 06/03/2025 às 21:59 | Atualizado em: 06/03/2025 às 22:50

Além de não apresentar novidades, a defesa de Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o julgamento da denúncia sobre a tentativa de golpe de Estado seja realizado no plenário da Corte, e não na Primeira Turma, como o previsto.

Os advogados argumentam que a gravidade do caso, envolvendo um ex-presidente, justifica o julgamento pelos 11 ministros do STF, e não pelos cinco da turma.

Além disso, a defesa reclamou da limitação no acesso a provas, afirmando que não receberam o material completo das investigações, o que, segundo eles, prejudica a análise e a defesa.

Segundo a defesa, a atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, teria comprometido o sistema acusatório.

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Bolsonaro tem até hoje para responder sobre acusações da PGR

Em relação à denúncia, os advogados de Bolsonaro negam as acusações e sustentam que não há provas de que o ex-presidente tenha cometido crimes ou tenha se envolvido nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas.

De acordo com a defesa, os eventos do dia 8 de janeiro foram ações individuais e não resultaram de uma ordem ou incentivo de Bolsonaro.

Por fim, a defesa pediu a anulação de atos processuais relacionados à análise dos celulares de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sob o argumento de que houve violação de direitos.

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil