Amazonas: juiz solta traficante preso com 1,2 t de drogas por ‘não ter antecedente’
Ministério Público contesta a decisão monocrática do juiz Túlio de Oliveira Dorinho em favor de colombiano.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 01/03/2025 às 17:23 | Atualizado em: 01/03/2025 às 17:41
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ingressou com um recurso em sentido estrito contra a decisão judicial que concedeu liberdade provisória ao colombiano Juan Carlos Urriola, preso em flagrante na última terça-feira (25/02) por tráfico de drogas. Ele foi detido durante a operação Fronteira Mais Segura, do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), que apreendeu 1,2 tonelada de entorpecentes em Santa Isabel do Rio Negro, posteriormente apresentada em Manaus.
Durante a audiência de custódia, realizada no Fórum Ministro Henoch Reis, o MP-AM solicitou a prisão preventiva do suspeito, argumentando que a expressiva quantidade de drogas indicava um esquema profissional de tráfico e que a falta de residência fixa no Brasil representava risco de fuga.
No entanto, o pedido foi negado pelo juiz Túlio de Oliveira Dorinho, sob o argumento de que Urriola não possuía antecedentes criminais.
Diante da decisão, o promotor de Justiça Marcelo Augusto Silva de Almeida, em plantão ministerial, ingressou com o recurso no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), pedindo a revogação da liberdade provisória e a decretação da prisão preventiva.
“O Ministério Público entende que a soltura do investigado, considerando a grande quantidade de drogas apreendidas, compromete a ordem pública e a credibilidade do sistema de Justiça”, declarou o promotor.
O recurso foi ingressado no sistema SAJ-MP no final da manhã deste sábado (1º de março).
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Foto: divulgação