Dívida bilionária leva frigorífico gigante do país à falência
Mesmo após receber milhões em investimentos do BNDES, a Chapecó não conseguiu superar sua crise e teve falência decretada.

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 28/02/2025 às 10:27 | Atualizado em: 28/02/2025 às 10:27
A Chapecó Companhia Industrial de Alimentos, que já foi uma das gigantes do setor alimentício brasileiro, teve sua falência decretada em abril de 2005, após acumular mais de R$ 1 bilhão em dívidas.
Fundada em Chapecó, Santa Catarina, a empresa chegou a operar oito unidades industriais, além de empregar cerca de 5 mil funcionários e estabelecer parcerias com aproximadamente 3 mil produtores. Além disso, seus produtos eram exportados para mais de 50 países, consolidando sua presença no mercado internacional.
No entanto, a crise financeira se agravou ao longo dos anos. Em 1997, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assumiu o controle da empresa, com o apoio do Banco do Brasil e do Banco Bozzano Simonsen.
Ainda assim, essa intervenção não foi suficiente para reverter as dificuldades financeiras. Em 2003, auditorias revelaram que a Chapecó havia recebido cerca de US$ 197 milhões do BNDES. Apesar dessa injeção de capital, a empresa não conseguiu estabilizar suas operações.
A situação piorou ainda mais quando faltaram recursos para a alimentação dos animais, levando à morte de mais de 7 milhões de frangos. Como consequência, em janeiro de 2004, a empresa entrou com um pedido de concordata na tentativa de evitar a falência.
No entanto, essa estratégia não surtiu efeito. Finalmente, em abril de 2005, a Justiça de Chapecó decretou sua falência, o que resultou no fechamento de todas as unidades e no desligamento de milhares de funcionários.
Alerta
Diante desse cenário, o caso da Chapecó evidencia os desafios que grandes empresas do setor alimentício enfrentam no Brasil, especialmente quando lidam com crises financeiras e problemas administrativos.
Portanto, esse caso serve como um alerta sobre a importância de uma gestão financeira eficiente e da capacidade de adaptação às mudanças do mercado. Afinal, a sustentabilidade a longo prazo depende diretamente dessas estratégias.
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Foto: reprodução