Amazonas: seca dos rios prejudicou 862 mil pessoas em 2023 e 2024

O InfoAmazonia diz ser importante a adesão do estado ao plano nacional de logística.

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Iram Alfaia , do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 24/02/2025 às 10:43 | Atualizado em: 24/02/2025 às 10:58

Dados divulgados nesta segunda-feira, 24 de fevereiro, pelo InfoAmazonia revelam que, entre 2023 e 2024, a seca dos rios no Amazonas prejudicou a vida de 862 mil pessoas.

Com a vazante severa, mais de 7,3 mil alunos em comunidades ribeirinhas foram impactados. Os dados foram fornecidos pelo governo estadual.

O acesso até as escolas, geralmente feito por embarcações, fica impossibilitado pelo baixo nível das águas e os “estudantes precisam enfrentar longos percursos, passando por barrancos íngremes, para assistir às aulas”.

Dessa forma, o site ambiental diz ser importante a adesão do estado ao plano nacional de logística até 2035. “Poderia ser uma solução para melhorar o transporte no estado e reduzir os impactos da estiagem”.

O Ministério dos Transportes informou ao InfoAmazonia que, até o início deste ano, não recebeu sugestões do Amazonas para o plano.

O plano traça diretrizes para modernizar a infraestrutura de transportes no país e prevê investimentos que podem ultrapassar R$ 1 trilhão até 2035.

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BR-319 e pontes caídas

O InfoAmazonia cita a situação da BR-319 que, embora seja criticada por ambientalistas, continua sendo uma rota de tráfego tanto para cargas, quanto para passageiros.

“A pavimentação da rodovia, que liga os estados do Amazonas e Rondônia, tem sido debatida há décadas e se concentra em grande parte nas consequências econômicas e ambientais. Em 2022, duas pontes da rodovia desabaram em trechos diferentes”.

A organização faz referência à ponte sobre o rio Curuçá, no município de Careiro da Várzea, a cerca de 100 quilômetros de Manaus.

À época, quatro pessoas morreram e outras duas ficaram feridas.

Dias depois, outra ponte, sobre o rio Autaz-Açu, também apresentou problemas estruturais e desabou parcialmente. Não houve registro de feridos.

“Os desabamentos completaram dois anos em setembro de 2024, com quase nenhuma assistência do poder público”, diz o site.

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