Crateras gigantes podem ‘engolir’ cidade na Amazônia
A erosão do solo é causada pelo fenômeno chamado de voçoroca, palavra que significa terra rasgada em tupi-guarani.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 23/02/2025 às 11:08 | Atualizado em: 23/02/2025 às 11:12
Enormes crateras que aumentaram recentemente poderão “engolir” uma cidade na parte nordeste da Amazônia, que decretou estado de calamidade pública.
Trata-se do município Buriticupu (MA) a 415 km de São Luís. Lá enormes buracos tem se agravado em função das fortes chuvas registradas na região nas últimas semanas.
A erosão do solo, portanto, é causada pelo fenômeno chamado de voçoroca, palavra que significa terra rasgada em tupi-guarani.
Ou seja, uma forma mais extrema de erosão que também atinge outras regiões do Brasil e do mundo. Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, por exemplo, conta com centenas de voçorocas, uma delas de 2 quilômetros de extensão.
Localizado no topo de uma região com cerca de 200 metros de altitude, o município possui solo composto por areia, silte e argila, e é pouco poroso, absorvendo pouca água.
Desse modo, a população local convive há mais de 30 anos com o problema, mas até hoje nunca houve solução que evite de forma eficaz o avanço das crateras.
O decreto municipal de calamidade pública, de 11 de fevereiro de 2025, afirma que há 1,2 mil pessoas em 250 moradias situadas em áreas de risco.
Conforme matéria da Rede Mirante, em função da falta de obras de contenção, algumas crateras chegam a 600 metros de extensão e 80 de profundidade.
Assim sendo, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu, na quinta-feira (20), a situação de emergência na cidade de Buriticupu.
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Foto: reprodução/vídeo