Vendo Bolsonaro rumo à prisão, Tarcísio se assanha para presidente
Ele já havia já havia sinalizado a aliados que não negaria um eventual pedido do ex-chefe para que ele concorresse à Presidência

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 19/02/2025 às 11:14 | Atualizado em: 19/02/2025 às 11:14
Com possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) espalha a aliados que aceitará disputar a Presidência da República em 2026.
Segundo ele, como disse na semana passada, se esse for o desejo de Bolsonaro.
Conforme a Folha/Uol, porém, integrantes do governo e membros do PL que disseram ter ouvido suas declarações, ele ainda prefere tentar a reeleição em São Paulo.
É que nas avaliações dele, suas chances de vitória seriam maiores no estado.
Para a Folha, essa preferência se manteria mesmo com a queda acentuada da popularidade do presidente Lula da Silva (PT) em uma eventual disputa nacional.
Por outro lado, oficialmente, Tarcísio nega a possibilidade de concorrer à Presidência.
“Não tenho falado com ninguém, não sou candidato, não tenho interesse, e as pessoas próximas devem falar pelos seus próprios interesses. Não serei candidato”, disse à reportagem após a revelação do que ele tem dito em conversas reservadas.
Na segunda-feira (17), Tarcísio participou de um evento do PL em Guarulhos, na Grande São Paulo. No encontro ele disse que Bolsonaro é o candidato do partido para a próxima eleição.
“Nossa responsabilidade é trabalhar para que, em 2026, a prosperidade e a esperança retornem. E a nossa esperança é a maior liderança da direita, que hoje está no PL e que vai voltar a ser o nosso presidente da República, que é Jair Messias Bolsonaro”, disse.
O detalhe é que no discurso Freitas ignorou o fato de que Bolsonaro está inelegível por decisão do TSE, por abuso de poder.
Sobretudo, Tarcísio já havia declarado publicamente que o candidato da direita em 2026 seria Bolsonaro “ou quem ele indicar”, deixando aberta a possibilidade de seu próprio nome entrar na disputa.
Além disso, no ano passado, o governador também já havia sinalizado a aliados que não negaria um eventual pedido do ex-chefe para que ele concorresse à Presidência.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil