Polícia Militar do DF atuou com golpistas de Bolsonaro, denuncia PGR
A PGR afirma que os membros da cúpula da PM, sabendo da possibilidade dos ataques, não tomaram medidas para evitar os atentados

Mariane Veiga
Publicado em: 17/02/2025 às 22:37 | Atualizado em: 17/02/2025 às 23:20
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) por omissão e envolvimento no planejamento dos atentados de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo a PGR, os membros da cúpula da PM-DF, sabendo da possibilidade dos ataques, contribuíram para a difusão de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e não tomaram medidas para evitar os atentados.
Ainda conforme a PGR, os acusados discutiram formas ilegais de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estavam cientes da chegada de grupos preparados para o confronto.
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A acusação inclui os crimes de tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e violação de deveres da corporação. Entre os réus estão coronéis da PM, como o ex-comandante-geral Fábio Augusto Vieira.
A defesa de um dos réus, Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, contestou a acusação e alegou que o processo ignora documentos da Polícia Federal e não leva em conta a hierarquia da corporação.
Dessa maneira, o caso agora aguarda julgamento pelo plenário do STF.
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Foto: reprodução/redes sociais