Depois do ônibus, Justiça deve barrar aumento da água em Manaus

Concessionária aplicou um aumento de 12,32% na tarifa e Defensoria Pública entra em ação

Zonas Leste, Norte e Centro-Oeste de Manaus ficam sem água

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 14/02/2025 às 20:26 | Atualizado em: 14/02/2025 às 23:52

A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), abriu uma ação coletiva para investigar a legalidade, transparência e impactos do reajuste de 12,32% nas tarifas de água e esgoto, aplicado pela concessionária Águas de Manaus.

O aumento, autorizado pela Prefeitura de Manaus, está em vigor desde janeiro de 2025 e tem gerado questionamentos por parte dos consumidores, que alegam falta de informações detalhadas sobre os critérios adotados para sua aplicação, conforme a defensoria.

O coordenador do Nudecon, defensor Christiano Pinheiro, disse que o procedimento busca esclarecer os fundamentos técnicos e econômicos do reajuste.

“Queremos entender por que a divulgação desse aumento foi tão restrita, dificultando o acesso dos consumidores às informações. Isso pode configurar violação ao Código de Defesa do Consumidor e ao princípio da publicidade. Além disso, vamos analisar o papel da agência reguladora nesse processo”.

Para aprofundar a investigação, a DPE-AM solicitou informações à concessionária Águas de Manaus, à Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) e à Prefeitura de Manaus.

As entidades terão um prazo de 15 dias para apresentar documentos e esclarecimentos sobre o reajuste, incluindo:

•⁠ ⁠A base de cálculo utilizada para definir o aumento;

•⁠ ⁠Estudos técnicos e pareceres que embasaram a decisão;

•⁠ ⁠O cronograma de investimentos previstos com base no reajuste;

•⁠ ⁠As estratégias de transparência adotadas para comunicar a mudança à população.

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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil