Google emite alerta falso de terremoto na costa brasileira
Empresa enviou um alerta sobre supostos terremotos no litoral de São Paulo, mas a Rede Sismográfica Brasileira desmentiu, informando que não houve tremores na região.

Diamantino Junior
Publicado em: 14/02/2025 às 14:00 | Atualizado em: 14/02/2025 às 14:00
Na madrugada desta sexta-feira (14/2), moradores de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam notificações do Google sobre supostos terremotos na costa, a 55 km de Ubatuba, no litoral paulista. O alerta foi enviado para celulares com sistema operacional Android e causou apreensão entre os usuários. No entanto, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, esclareceu que não houve qualquer atividade sísmica na região.
Segundo a RSBR, que conta com monitoramento contínuo de sismos, tanto a rede brasileira quanto instituições internacionais especializadas não registraram nenhum tremor na costa brasileira nesse período.
“Um terremoto com magnitude superior a 4 ou 5 seria prontamente detectado por estações sismográficas no Brasil e em redes internacionais. Portanto, esse aviso não é verdadeiro”, afirmou Sergio Fontes, coordenador da RSBR e pesquisador do Observatório Nacional.
O sistema de alerta do Google utiliza acelerômetros presentes nos celulares Android para detectar possíveis tremores.
No entanto, especialistas apontam que essa tecnologia pode não estar calibrada corretamente para a realidade geológica brasileira, resultando em notificações indevidas.
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“Os sismômetros da RSBR são sensíveis a ponto de registrarem tremores inferiores a magnitude 2. Se um evento sísmico tivesse ocorrido, teríamos detectado”, reforçou Fontes.
A Rede Sismográfica Brasileira destaca que seu monitoramento contínuo permite identificar qualquer atividade sísmica no país e reforça a importância de buscar informações em fontes oficiais antes de compartilhar alertas sobre terremotos. Dados confiáveis podem ser consultados diretamente no site da RSBR e em seus canais de comunicação.
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Foto: Observatório Nacional