Mídia pró-PT volta a receber verbas do Banco do Brasil e Caixa
A Caixa afirmou que os critérios para escolha dos veículos são estratégicos e sigilosos. O Banco do Brasil destacou que sua estratégia se baseia em dados técnicos, como audiência e performance.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 13/02/2025 às 16:13 | Atualizado em: 13/02/2025 às 16:13
Após o retorno de Lula à Presidência, veículos de mídia favoráveis ao PT voltaram a receber verbas publicitárias do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
Desde 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, esses veículos estavam excluídos das campanhas publicitárias dos bancos.
A situação mudou em 2023 e 2024, quando sites como Brasil 247, Opera Mundi, DCM, além da revista Carta Capital e do site GGN, voltaram a receber anúncios.
A Secom, da Presidência da República, define os veículos, enquanto os bancos determinam os valores investidos.
A Caixa gastou R$ 361,6 milhões em publicidade entre janeiro e novembro de 2024, e o Banco do Brasil destinou R$ 595,2 milhões ao longo do ano.
Além dos portais alinhados ao governo, os bancos continuam anunciando em grandes jornais e emissoras de TV, como Globo, Folha, Estadão, Record, Band e SBT.
A Caixa afirmou que os critérios para escolha dos veículos são estratégicos e sigilosos. Por outro lado, o Banco do Brasil destacou que sua estratégia se baseia em dados técnicos, como audiência e performance.
Por sua vez, o Brasil 247 criticou os cortes de publicidade nos governos Temer e Bolsonaro, alegando que contrariaram critérios técnicos. Da mesma forma, a Carta Capital afirmou seguir normas de transparência e já ter recebido publicidade de diferentes governos.
A retomada dos anúncios reacende o debate sobre mídia e poder, destacando a influência governamental na distribuição das verbas publicitárias federais.
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Foto: divulgação