Plano de Bolsonaro de enterrar Lei da Ficha Limpa não passa, dizem no STF

O plano é reduzir a inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa de oito para dois anos, o que reabilitaria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para 2026, não vai passar. É o que acreditam os ministros do STF.

Trata-se, portanto, de uma articulação bolsonarista para enterrar a Lei da Ficha Limpa, numa tentativa de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro.

Segundo o blog Daniela Lima, do g1, a oposição ao governo Lula (PT) fechou apoio à eleição de Davi Alcolumbre (União-PA) à presidência do Senado sinalizando uma aliança de longo prazo.

Por exemplo, com planos de que ele colocasse em votação projeto que dá ao Congresso poder para reverter declarações de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral.

Dessa maneira, a articulação contou com nomes com Ciro Nogueira (PP-PI) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Então, conforme a publicação, já nesta semana, o blog de Andreia Sadi revelou que uma iniciativa semelhante é elaborada por aliados de Jair Bolsonaro na Câmara.

Ainda assim, integrantes do STF não apostam na evolução das tratativas. Davi Alcolumbre é pessoalmente próximo ao ministro Alexandre de Moraes, relator de uma série de casos que afligem Bolsonaro e seus aliados.

Além disso, na Câmara, Hugo Motta, eleito presidente da Casa, percorreu gabinetes do Supremo no ano passado prometendo não estimular animosidade nem instabilidade entre os dois Poderes: Judiciário e Congresso.

Assim sendo, a aposta na corte, hoje, é a de que os presidentes das duas Casas vão travar o avanço de iniciativas que desmantelem a Lei da Ficha Limpa.

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Foto:  Tânia Rego/Agência Brasil/arquivo