Milei segue Trump e anuncia saída da Argentina da OMS
Javier Milei anunciou a saída da Argentina da OMS, seguindo os passos de Donald Trump, com críticas à gestão da saúde e defesa da soberania nacional.

Diamantino Junior
Publicado em: 05/02/2025 às 16:03 | Atualizado em: 05/02/2025 às 16:27
O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira (5/2) que deixará a Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão, que ainda será oficializada por decreto presidencial, foi confirmada pelo porta-voz Manuel Ardoni em entrevista a jornalistas. Segundo ele, a medida reflete as “profundas diferenças na gestão da saúde” e reafirma a soberania do país sobre o setor.
A decisão ocorre dias após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar um decreto determinando a saída dos EUA da OMS.
Milei, conhecido por sua admiração por Trump e alinhamento com pautas da direita internacional, segue o mesmo caminho, criticando a interferência da organização na condução das políticas sanitárias.
Argentina reforça independência na saúde
Durante o anúncio, Ardoni afirmou que a Argentina não recebe financiamento da OMS para a gestão da saúde e, por isso, a saída não representa perda de recursos.
Segundo ele, a decisão dará “mais flexibilidade para tomar medidas e maior disponibilidade de recursos”, além de reafirmar a soberania do país no setor.
Milei orientou o ministro das Relações Exteriores, Gerardo Werthein, a conduzir o processo de retirada da Argentina da OMS.
A justificativa é a insatisfação com a condução da pandemia de covid-19 pela organização e a discordância com suas diretrizes.
O governo argentino entende que organismos internacionais não devem interferir em decisões internas sobre saúde pública.
Alinhamento com Trump
A postura do presidente argentino reflete sua proximidade ideológica com Donald Trump. Durante a campanha eleitoral, Milei exaltou o ex-presidente norte-americano e já expressou apoio a várias de suas políticas.
Agora, ao seguir a mesma decisão tomada por Trump, reforça sua posição de rompimento com instituições multilaterais.
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A medida deve gerar debates no cenário internacional, especialmente entre especialistas em saúde e diplomacia.
Enquanto opositores veem a saída da OMS como um risco para o país, aliados de Milei defendem a decisão como um passo para a independência argentina.
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Foto: RS/via Fotos Publicas