Alemão estuda rio Amazonas em expedição de 2 anos que gera documentário
Trabalho patrocinado percorreu maior rio do mundo dos Andes ao oceano Atlântico.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 03/02/2025 às 09:57 | Atualizado em: 03/02/2025 às 09:57
O fotógrafo alemão Thomas Peschak embarcou em uma missão que foi muito além da fotografia e deu início à expedição Perpetual Planet à Amazônia, em abril de 2022, ao lado de uma equipe formada por sete exploradores e pesquisadores.
Trata-se de um projeto da Iniciativa Perpetual Planet, da Rolex em parceria com a National Geographic Society.
Dessa forma, durante dois anos, o grupo se dedicou a investigar a bacia do rio Amazonas, uma região que, com sua biodiversidade única e 40 milhões de habitantes, é considerada essencial para a saúde do planeta. A informação é da revista Exame.
Conforma a publicação, agora, os resultados desse trabalho ganham forma no documentário Expedição Amazônia, disponível no Disney+.
A Exame destaca que Peschak iniciou sua carreira como biólogo marinho antes de migrar para o fotojornalismo.
Agora, como fotógrafo explorador oferece uma perspectiva própria sobre a expedição.
“Em vez de encontrar tubarões e tartarugas marinhas, agora conheci cobras gigantes, piranhas e botos-cor-de-rosa”, diz, destacando a conexão entre a vida aquática e a floresta tropical.
Diferente da abordagem das florestas amazônica, Peschak e sua equipe buscaram evidenciar a importância dos ecossistemas aquáticos. “As equipes estudaram locais desde o topo dos Andes, onde o rio nasce, até a foz, no Oceano Atlântico”, explica.
Por exemplo entre as descobertas documentadas pela equipe estão mangues de água doce e o ciclo de vida de espécies como o pirarucu. Mas os desafios também foram evidentes.
A seca sem precedentes no rio Amazonas e o degelo acelerado das montanhas no Peru destacaram a urgência do cuidado com o clima.
“Os ribeirinhos contaram que nunca viram o rio tão baixo em sua vida”, diz Peschak. Para ele, a expedição foi a mais singular e desafiadora de sua carreira de 25 anos.
“Foi a união da National Geographic com a Rolex, além da ajuda de todos os exploradores, cientistas e membros da comunidade, que tornou essa missão possível”, afirma.
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Manguezais e montanhas altas
Enquanto uma equipe desbrava o emaranhado de raízes de manguezais no vasto estuário do rio Amazonas, outra enfrenta a escalada gelada em uma das montanhas mais altas da região para instalar a estação meteorológica mais elevada dos Andes tropicais.
Dessa maneira, separadas por mais de 2.700 quilômetros, essas iniciativas fazem parte de uma mesma expedição, maior e integrada.
Assim, cada imagem capturada por Peschak é um convite à reflexão sobre o papel da Amazônia na preservação do planeta.
Para ele, a mensagem é clara: a Amazônia é mais do que um tesouro natural — é parte essencial da nossa casa comum. Enquanto documenta a beleza dessa região, Peschak nos lembra que a responsabilidade pela proteção desse patrimônio é de todos.
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Adversidades
Frio extremo, calor intenso e grandes inundações. Essas são apenas algumas das condições desafiadoras enfrentadas por Thomas Peschak em seu trabalho como fotógrafo e pesquisador.
Para lidar com essas adversidades, ele conta com uma variedade de equipamentos fotográficos, roupas e materiais de acampamento projetados para resistir a situações extremas.
“Eu sou muito bom em quebrar coisas”, admite, referindo-se aos diversos equipamentos que não resistiram ao rigor de suas expedições.
Segundo ele, entre os itens que se mostraram indispensáveis está o Rolex Oyster Perpetual Explorer II. Há mais de dois anos, o acessório deixou de ser apenas um relógio para se tornar um aliado em suas jornadas.
Desse modo, Peschak destaca a resistência do modelo e a funcionalidade de sua luneta graduada de 24 horas, que permite distinguir entre o dia e a noite, mesmo nas condições mais escuras, facilitando a orientação de exploradores e cientistas.
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Foto: Otto Whitehead/National Geographic/Divulgação