Trump na presidência rompe normas e quer ampliar seus poderes
Análise do retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, aborda ações polêmicas, ruptura de normas institucionais e expansão de poderes executivos.

Diamantino Junior
Publicado em: 27/01/2025 às 15:58 | Atualizado em: 27/01/2025 às 15:59
O retorno de Donald Trump à Casa Branca, como o 47º presidente dos Estados Unidos da América (EUA), marca um momento de ruptura com as normas tradicionais que moldaram o poder presidencial nos EUA. Em seu primeiro dia completo de mandato, Trump expressou sua determinação em chocar e desafiar os limites do cargo, reforçando sua disposição de atuar fora das convenções históricas.
Entre as medidas mais polêmicas destacadas pelo jornalista Peter Baker, do The New York Times, está a libertação de manifestantes violentos envolvidos no ataque ao Capitólio, ações que desafiam legislações vigentes, e decisões administrativas como o expurgo de inspetores gerais, responsáveis por monitorar a integridade do governo.
Essas medidas sublinham uma postura de concentração de poder e desconsideração por práticas institucionais estabelecidas.
A nova gestão também revisita questões legais sensíveis, como a reinterpretação da 14ª Emenda da Constituição, que historicamente garante cidadania a qualquer pessoa nascida em território americano.
Essa iniciativa, bloqueada inicialmente por um juiz federal, exemplifica a abordagem combativa de Trump, que parece disposto a testar a resiliência das instituições democráticas e do sistema jurídico dos Estados Unidos.
Além das questões de governança, o artigo aponta a expansão de interesses comerciais envolvendo Trump, incluindo o lançamento de uma criptomoeda que gerou bilhões de dólares em valor nominal.
Essa relação entre negócios pessoais e poder político ressalta preocupações éticas e possíveis conflitos de interesse, aspectos frequentemente criticados durante seu primeiro mandato.
Apesar de ser frequentemente comparado a presidentes como Nixon, Trump destaca-se por sua habilidade em moldar o cenário político e cultural em poucos dias de mandato, transformando o debate público e mobilizando aliados de forma autoritária.
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Seu retorno ao poder sinaliza não apenas a continuação de sua agenda, mas também uma ampliação das práticas que desafiam os pilares da democracia nos EUA.
O impacto de suas ações ainda será testado pelas instituições e pela tolerância do sistema político dos EUA, mas já é evidente que Trump busca redefinir os parâmetros do que um presidente pode ou deve fazer, provocando debates sobre os limites do poder executivo.
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Foto: @The White House