Sobrinho de Bolsonaro é apontado ao STF no plano de golpe do tio

Léo Índio era frequentador assíduo dos gabinetes e corredores do Palácio do Planalto e esteve no 8 de Janeiro.

Sobrinho de Bolsonaro é apontado ao STF no plano de golpe do tio

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 23/01/2025 às 10:40 | Atualizado em: 23/01/2025 às 10:40

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou por tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada e outros crimes, Leonardo Rodrigues de Jesus, que se diz “sobrinho”do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Assim, após a denúncia, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou um despacho para que Léo Índio – como é conhecido – seja notificado. Ele deve oferecer resposta no prazo de 15 dias.

Segundo o g1, Léo Índio participou dos atos golpistas que terminaram com ataques terroristas às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Dessa forma, a denúncia da PGR aponta que “há provas suficientes” de que Léo Índio participou da execução dos atos do 8 de janeiro.

Por exemplo, durante os ataques, ele publicou imagens em uma rede social em cima do Congresso Nacional e próximo ao STF.

Em uma das postagens, Léo Índio aparecia com os olhos vermelhos, segundo ele devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar para conter a multidão.

Léo Índio, que completará 42 anos no próximo 4 de março, é filho de Claudio Marcio Rodrigues de Jesus, marido de Rosimeire Nantes, irmã de Rogéria Nantes, a primeira esposa de Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos de Bolsonaro — Flávio, Carlos e Eduardo —, Léo Índio sempre se apresentou como “sobrinho do Bolsonaro”.

Além disso, a relação de Léo Índio com Carlos Bolsonaro, um dos filhos mais influentes de Jair Bolsonaro, é próxima. Léo Índio trabalhou no gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e frequentemente aparecia ao seu lado em eventos e nas redes sociais.

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Proximidade com os Bolsonaro

Essa proximidade com Carlos e com os outros dois primos, Flávio e Eduardo, fez com que ele fosse tratado como um primo próximo, apesar do parentesco mais distante.

Sendo assim, a trajetória de Léo Índio ilustra a influência e o acesso que membros da família Bolsonaro e seus aliados próximos tiveram durante o governo de Jair Bolsonaro, refletindo a complexa rede de relações e poder que marcou esse período da política brasileira.

Desse modo, durante o governo de Jair Bolsonaro, Léo Índio teve acesso privilegiado aos corredores do poder — mesmo sem ocupar um cargo oficial na Presidência da República.

Sobretudo, era comum encontrá-lo em eventos, circulando regularmente pelos gabinetes do Palácio do Planalto ou aparecendo em fotos e vídeos de Bolsonaro e outras autoridades.

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Foto: reprodução