Brics: com Brasil na chefia, Cuba e Bolívia entram, Venezuela fica fora
O grupo integrou mais oito países, que apesar de parceiros, terão atuação limitada.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 17/01/2025 às 15:34 | Atualizado em: 17/01/2025 às 15:41
Nesta sexta-feira (17), o BRICS anunciou a adesão de oito países ao bloco. Entre eles, estão Cuba e Bolívia. Esses países entrarão como parceiros, com status inferior aos membros efetivos, mas poderão participar de cúpulas e reuniões temáticas.
A cúpula do BRICS de 2023, realizada na Rússia, debateu a decisão de criar essa nova categoria.
A ampliação do grupo foi uma medida que reflete o crescimento da influência global do BRICS e o desejo de incluir novas vozes nas discussões.
Além de Cuba e Bolívia, os novos parceiros incluem Belarus, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O grupo BRICS inicialmente contou com Brasil, Rússia, Índia e China, sob a sigla BRIC. Com a entrada da África do Sul, em 2010, a sigla mudou para BRICS.
Desde 2023, o bloco iniciou negociações para expandir seu número de membros. Na cúpula da África do Sul, seis novos países foram aceitos, incluindo Egito, Etiópia e Irã.
A Argentina, embora tenha sido considerada para adesão, desistiu após a posse de Javier Milei. Em contrapartida, a presidência russa do BRICS criou a nova categoria de parceiros, concluindo as negociações em 2024.
Além disso, especialistas em relações exteriores e economia consideram que a ampliação tem impacto mais geopolítico do que econômico. Rússia e China ganham maior influência no bloco.
Por outro lado, a presidência do Brasil no BRICS iniciou em 1 de janeiro e tem duração de um ano. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva definiu cinco prioridades para 2025: facilitar o comércio e investimentos, promover a governança de IA, melhorar financiamentos climáticos, impulsionar projetos de cooperação e fortalecer o bloco.
Finalmente, o Ministério das Relações Exteriores informou que, devido à COP30 em Belém (PA), as atividades do BRICS se concentrarão no primeiro semestre de 2025.
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Foto: divulgação