Amazônia: a vida flui pelos rios, e o perigo vai junto

Entre águas e paisagens mutáveis, o rio é o coração pulsante da cultura e sobrevivência amazônida.

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 16/01/2025 às 10:40 | Atualizado em: 17/01/2025 às 11:56

O rio é mais do que transporte na Amazônia: ele conecta cidades, sustenta famílias e reflete um modo de vida único e particular em meio às águas. Tudo com uma carga de perigo e adrenalina altíssima, com a qual o amazônida aprende a conviver desde pequeno.

A habilidade única nasce da necessidade de ir e vir entre as distâncias continentais entre as cidades, como no Amazonas. O maior estado territorialmente do país, por exemplo, tem só 61 municípios, mais a capital. E quase todos se conectam tão somente pelos rios.

Dessa forma, historicamente, o vivente da Amazônia aprende a cada dia a conviver com cheias e secas dos rios, que ditam a rotina de ribeirinhos.

Na cheia, a paisagem se transforma em um labirinto de águas, enquanto na seca surgem os difíceis bancos de areia, um dos principais inimigos da pesca, comércio, transporte e, sobretudo, das viagens de barcos e lanchas.

A aventura nos barcos

Nos barcos, pessoas viajam para suas cidades muitas vezes enfrentando horas de trajeto e a agitação perigosa das águas.

Nas paradas, vendedores oferecem lanches e frutas diretamente da balsa.

A criatividade é rotina. Crianças em canoas deslizam próximas aos barcos para vender produtos ou somente dar um sossego à inquietação, algo que impressiona turistas, mas que é natural aos amazônidas.

Cenas como embarques e desembarques com o barco em movimento são comuns, especialmente em eventos como o festival de Parintins, quando muitos se apressam de voadeira atrás do barco que já partiu.

O rio também é economia. Peixes, frutas e artesanatos movimentam o comércio flutuante, enquanto as embarcações levam produtos e histórias por toda a região.

Vivendo em harmonia com as águas, o amazônida transforma desafios em sobrevivência.

Cada viagem, venda e pesca reafirmam a força e a cultura desse povo das águas. O risco é companhia constante.

Curta vídeos das redes sociais que dão uma pitada da vida sobre as águas.

Balança, mas não cai!

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Fome? Aqui não!

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Pulo, brincadeira e venda

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Ninguém fica para trás no festival de Parintins

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‘Perainda que eu também vou’

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“Não façam o que eu faço”

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Foto: Adríssia Pinheiro/especial para o BNC Amazonas