Lula tem convite, mas não vai dar prestígio à posse de Trump

Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos, tomará posse na próxima segunda-feira, dia 20 de janeiro. O evento, que tradicionalmente segue protocolos rigorosos, contará com a presença de representantes diplomáticos de vários países. No caso do Brasil, a embaixadora Maria Luiza Viotti, que atua em Washington, será a responsável por representar o país, conforme confirmado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

A ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue um padrão estabelecido em posses presidenciais norte-americanas, que geralmente não incluem chefes de Estado estrangeiros.

Por exemplo, em 2009, na posse de Barack Obama, o então presidente Lula também não compareceu, sendo representado por um diplomata brasileiro.

Exceções na Cerimônia

Apesar do protocolo, Trump abriu exceções para convidados específicos, alinhados ao seu espectro político.

Um desses convites foi direcionado ao presidente argentino Javier Milei, cuja presença na posse será sua primeira viagem internacional de 2025, conforme divulgado pelo jornal La Nación.

Outro nome mencionado foi o do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No entanto, sua possível participação está envolta em controvérsias legais, já que seu passaporte permanece retido devido à Operação Tempus Veritatis.

Essa operação investiga supostas tentativas de golpe de Estado em 2022. Para que Bolsonaro possa viajar, seus advogados deverão apresentar à Justiça a autenticidade do convite feito por Trump.

Lula defende relação civilizada com os EUA

Desde a eleição de Trump, Lula tem enfatizado a importância de uma relação sólida entre Brasil e Estados Unidos.

Ele destacou, em entrevista à CNN Internacional, que ambos os países têm uma parceria comercial relevante e precisam manter uma relação democrática.

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Embora tenha apoiado a democrata Kamala Harris antes do pleito, Lula reafirmou seu compromisso em trabalhar de forma civilizada com a nova gestão Trump.

A posse de Trump promete simbolizar não apenas uma mudança de governo, mas também um ponto de diálogo político e diplomático no cenário internacional.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil