Novo presidente do Banco Central atribui inflação acima da meta à seca

Entre outros pontos, Gabriel Galípolo, destacou que a seca afetou os preços de alimentos, como carnes, leite, café e laranja

Mariane Veiga

Publicado em: 10/01/2025 às 22:43 | Atualizado em: 11/01/2025 às 09:32

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, explicou em carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o descumprimento da meta de inflação em 2024 foi causado por diversos fatores, como o crescimento econômico acelerado, questões climáticas, como a seca, e a depreciação do câmbio.

A inflação de 2024 ficou em 4,83%, acima do teto de 4,5%, sendo a primeira vez que o governo Lula da Silva (PT) não cumpriu a meta.

Galípolo destacou que a seca afetou os preços de alimentos, como carnes, leite, café e laranja, enquanto a depreciação cambial contribuiu para o aumento do dólar, que subiu de R$ 4,95 no final de 2023 para R$ 5,84 em 2024.

Ele também mencionou que os efeitos do câmbio devem continuar impactando os preços em 2025.

Para combater a inflação, o Copom (Comitê de Política Monetária) retomou o ciclo de aumento da taxa de juros, elevando a Taxa Selic para 12,25% ao ano, com novos ajustes previstos para os próximos meses.

A expectativa do BC é que a inflação termine 2025 no limite superior da meta, a 4,5%, e em 3,6% em 2026.

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