Uma declaração de amor aos meus amigos e amigas

"Sei que muita gente acha que falar de amor é piegas, mas não estou nem aí. Vou continuar abraçando, chorando, amando"

Mariane Veiga, por Lúcio Carril

Publicado em: 31/12/2024 às 18:15 | Atualizado em: 31/12/2024 às 19:56

Não me sentiria bem se neste fim do ano eu não falasse que te amo. Nós construímos esse amor, essa cumplicidade de pensar e realizar coisas boas.

Nem imagino minha vida sem teu abraço, teu carinho, tua forma de tirar sarro e de questionar as coisas mais bizarras da vida. Só você, meu amor, é capaz de sair da trivialidade e zombar da mediocridade.

Como eu poderia viver sem tua chatice; jamais. Te gosto como quem gosta da humanidade. Você pode ser chato, chata, mas e daí, se eu te amo.

Vivo lutando contra meus limites e leseiras, mas é você, meu amigo e minha amiga, que me faz dizer não às coisas feias da vida. Você me ensina com teu amor.

O tempo vai passando e a gente continua juntos, apegados pela solidariedade, pelas lágrimas e pelos risos. Você é parte da minha vida. Eu não conseguiria viver sem teu afago.

Quanta sorte ainda temos de estar juntos. Muitos dos nossos partiram, deixando uma enorme saudade. Mas sabe, meu amigo e minha amiga, ainda ouço-os sussurrando no meu ouvido e os vejo nas esquinas das ruas empoeiradas.

Sinto falta da nossa gente que se foi. Muitos partiram prematuramente, quando a vida ainda só começava a despontar. Eles e elas ficarão sempre na minha memória e no meu coração.

Sei que muita gente acha que falar de amor é piegas, mas não estou nem aí. Vou continuar abraçando, chorando, amando. Feio é quem vive na escuridão da amargura.

Está terminando o ano. Como foi bom continuar contigo, tomando umas cachaças, falando tolices, rindo como uma criança feliz, resistindo às mazelas do desamor, lutando por um mundo melhor e sonhando com a primavera que um dia há de chegar.

Obrigado, meus amores. Obrigado por fazer parte da minha vida e me proporcionar tanta alegria. Se tem uma coisa boa na vida é ter amigos e amigas de verdade.

O autor é sociólogo


Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil