Chega ao fim era Lira de retrocesso, chantagem e autoritarismo

Lira deixa a presidência da Câmara antes da próxima eleição, em fevereiro de 2025.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 21/12/2024 às 10:29 | Atualizado em: 21/12/2024 às 10:29

Após dois mandatos consecutivos, Arthur Lira (PP-AL) deixa a presidência da Casa, encerrando um período marcado por centralização de poder e manobras políticas. É o fim de uma era controversa na Câmara.

Sob sua liderança, o centrão se consolidou como força dominante, enquanto denúncias de autoritarismo, retrocessos sociais e ambientais e acusações pessoais reforçaram as críticas ao modelo político adotado.

Lira, eleito em 2021 com o apoio de Jair Bolsonaro, utilizou o orçamento secreto para garantir apoio parlamentar, aprovando projetos polêmicos como o Marco Temporal, que restringe demarcações de terras indígenas, o desmonte do Ministério do Meio Ambiente e a urgência para o PL do Estupro, que equipara a interrupção de gestações tardias ao crime de homicídio.

Essas medidas geraram revolta popular e acentuaram as críticas de movimentos sociais e ambientais.

A próxima eleição para a presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025. Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado de Lira, desponta como favorito na disputa, indicando que o centrão deve manter sua influência no Congresso.

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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados